O autor tem algumas dezenas de obras publicadas, cinco das quais estão traduzidas para espanhol. Possui diversos prémios e diplomas emitidos na Galiza, Brasil, Chile, Argentina e em Portugal.
Começou por recorrer ao facto desta ser a sua 50ª obra para falar um pouco sobre numerologia e a importância da simbologia dos números.
A ideia de escrever este livro vem desde a década de 80 do século passado. “Em 1986 foi editado um opúsculo relacionado com Tomar, a Ordem dos Templários e a de Cristo, em que usei o meu pseudónimo Rosâmide. Nela já mencionava a utopia lusófona à qual dei o nome de Lusasalém”, contou.
“Desde então fui investigando e idealizando como seria esquematizado o trabalho. Como a obra foca essencialmente o reinado de D. Afonso Henriques, foi selecionado o seu escudo, composto por cinco escudetes e cada um com dez besantes. O rei tinha uma riqueza espiritual muito elevada, o que é evidenciado neste romance”, indicou.
“É um romance histórico, como encerra investigações sociológicas e cosmológicas para podermos entender muito melhor como se fundou a base da lusofonia, que terá sido nos séculos XI e XII. Está cheio de mensagens de amor, num ambiente algo bélico pela tomada de localidades aos mouros, mas em que os casamentos irradiam um ambiente fraternal, unindo pessoas de várias nacionalidades”, adiantou Delmar de Carvalho.
No lançamento desta sua obra participaram membros do Grupo de Teatro Os Lendários e o Coro do Círculo de Cultura Musical Bombarralense, cantando o célebre poema de Fernando Pessoa, O Mar Português, da Mensagem, com música de Manuel Patrício.
Ricardo Fernandes, presidente da Câmara Municipal do Bombarral, falou um pouco sobre o autor, realçando o seu “percurso invejável, de muito querer, de muitas conquistas, de uma vontade enorme pela transmissão do saber e da história”.
“É inegável o seu contributo, durante tantos anos, a bem da literatura portuguesa, do seu envolvimento e participação em jornais, revistas, exposições, na arte e na música”, comentou.
O presidente do MIL, Renato Epifânio, salientou a missão do movimento, o valor da lusofonia que cada vez mais está sendo divulgada e que muitos povos estão a aprender a falar e escrever no nosso idioma.
O MIL tem no seu seio escritores de todos os países lusófonos, personalidades de relevo cultural lusófono como Adriano Moreira, Gentil Martins, Roberto Moreno, Pinharanda Gomes, entre outros.
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