Esta edição do certame foi apresentada na passada sexta-feira num almoço na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste. Durante três dias os criadores oestinos de cavalo Lusitano vão poder mostrar os animais que produzem. A esta mostra junta-se um conjunto de espetáculos, provas de demonstração, provas desportivas, exposições e outras iniciativas.
As provas de saltos de obstáculos voltam às Caldas da Rainha durante a sétima edição do Oeste Lusitano, que entre os dias 4 e 6 decorre no Parque D. Carlos I, onde a organização espera mais de 100 mil visitantes.
Este evento, que é organizado pela Associação dos Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano do Oeste (ACPSLO), em parceria com a Câmara Municipal, vai voltar a agregar as provas do calendário nacional da Federação Equestre Portuguesa, mas este ano organizadas pela própria associação. “Somos nós que vamos fazer o I Concurso Hípico Oeste Lusitano Caldas da Rainha”, disse Jorge Magalhães, da assembleia geral da ACPSLO.
Nos últimos dois anos as provas de saltos de obstáculos eram geridas pela empresa nacional “Green Horse”. Nesta edição é a própria ACPSLO com o apoio de pessoas da região que têm conhecimento das provas de obstáculos que vão gerir os concursos. “O objetivo é trazer novamente a tradição dos concursos hípicos que existiam no passado nas Caldas” e a comissão de honra deste primeiro concurso é constituída pelo “presidente da Câmara das Caldas, presidente da União das Freguesias das Caldas da Rainha – Nossa Sª do Pópulo, Coto e São Gregório e os presidentes das associações que nos representam”, descreveu Jorge Magalhães.
“O concurso tem de ter a “vertente didáctica. Temos igualmente os prize-money mas queremos que as crianças, que são o futuro da equitação em Portugal, possam chegar aqui e sentir que estão num concurso com o mesmo ambiente profissional, com o mesmo respeito, que teria se fosse um cavaleiro de nível nacional ou internacional”, adiantou o membro da ACPSLO. O concurso terá um campeonato inter-escolar, com escolas do Porto e da zona sul.
Esta edição do certame, a sétima realizada no Parque D. Carlos I e que foi apresentada na passada sexta-feira num almoço na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste, contará com uma área de exposição com capacidade para 38 boxes de cavalos e cerca de 70 expositores de vários setores de atividade.
Marcado por dezenas de atividades diárias espalhadas pelo recinto, terá um programa de animação bastante diversificado, com a prata da casa.
Segundo Jorge Magalhães, o festival equestre, que trará volteio e dança artística, permitirá a todos os presentes um contacto com cavalos, ovelhas e outros animais – “um cenário que contrasta entre o ambiente urbano e a ruralidade lusitana tão apreciada pelo povo português”.
O picadeiro de espetáculos vai estar na zona inferior do parque (parque de bicicletas), onde vão ter lugar as competições de equitação de trabalho, concurso de modelo e andamentos. Vai estar presente o cavaleiro Luís Matos, que vem mostrar que se pode “aliar a técnica, a arte e a tradição com práticas mais atuais”. Vai fazer demonstrações clássicas de rédeas longas, e como também é pintor, vai pintar um quadro a cavalo no picadeiro. O cavaleiro vai ainda ter patente uma exposição na Casa de Barcos de Pintura em conjunto com o fotógrafo caldense Carlos Barroso, que vai expor fotografias do património da ACPSLO.
De acordo com o organizador, o programa este ano é “fechado exclusivamente com pessoas da região”. A edição deste ano mantém tudo o que de melhor tem tido em redor do cavalo criado no Oeste, desde os expositores aos desfiles e demonstrações equestres, ou aos batismos de sela. Mas a grande aposta passa por aumentar a “oferta e a diversidade dos espetáculos com artistas locais e também um envolvimento ainda maior da sociedade e artesãos caldenses”. “Vamos ter a escola vocacional de dança, artes de fogo, cavalos com fogo”, relatou Jorge Magalhães, acrescentando que “aquilo que parece um espetáculo circense tem muito trabalho de bastidores”. Vão ainda estar presentes campeões mundiais de equitação de trabalho desta zona.
As largadas de touros continuarão sexta e sábado a partir das 23h00, mas desta vez no picadeiro de aquecimento, que à noite não será necessário para as provas.
Jorge Magalhães destacou os principais parceiros neste evento, para além da autarquia, a Escola de Sargentos do Exército (ESE), a Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro e os Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha.
O organizador lembrou que nestes anos todos do certame sempre houve respeito pelo Parque D. Carlos I. “Em conjunto com a ESE colocámos slogans a apelar ao respeito pela natureza e ambiente e ao fim de sete anos não tivemos uma única ocorrência por desacatos ou vandalismo”.
Jorge Magalhães espera que a qualidade “organizacional” se reflita também num aumento de visitantes, que “no ano passado rondaram os 100 mil”.
Jorge Sobral, presidente da ACPSLO, sublinhou que “o cavalo lusitano será a estrela deste evento que se pretende agregador da comunidade local”.
O certame movimenta este ano um orçamento total de 240 mil euros, dos quais a autarquia comparticipa 96 mil euros, revelou o presidente da Câmara das Caldas da Rainha, Tinta Ferreira.
Tinta Ferreira manifestou que o evento tem sabido se “reinventar, não é maçudo no sentido de ser repetitivo”, agradecendo à ACPSLO “a imaginação e o tempo que dedica para pôr em prática este certame”. Lembrou que é uma iniciativa “muito importante para a região”.
A autarquia das Caldas também pagou o spot do Oeste Lusitano que foi gravado na Mata Rainha D. Leonor e que irá passar na televisão para promover o evento.
As filmagens foram realizadas na Mata Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha, pelo realizador Miguel Costa e contou com várias dezenas de figurantes e colaboradores, que assim deram a sua contribuição para promover a cidade e o evento dedicado ao cavalo lusitano.
O programa oficial da sétima edição do Oeste Lusitano será publicado no final desta semana.
A entrada no certame é gratuita.
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