As fachadas das casas foram decoradas com cascas de caracóis, que depois de cheias de azeite e com um pavio, ardiam, iluminando as ruas da aldeia.
Com o vento a soprar forte e a não dar tréguas, foi com muito esforço que os populares foram tentando que as cascas de caracóis que ornamentaram as suas habitações pudessem estar iluminadas, pelo menos, à passagem da procissão.
Como é habitual, o evento iniciou-se com a missa em honra de São José, celebrada pelo padre José Luís Guerreiro na Igreja do Santíssimo Sacramento do Carvalhal, seguindo-se a procissão pelas ruas da aldeia, acompanhada pela banda da Sociedade Filarmónica Carvalhense e por várias centenas de pessoas.
Organizadas pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, com o apoio da Junta de Freguesia do Carvalhal, as Luminárias de São José remontam, segundo a tradição oral, à última década do século XIX, tendo sido iniciadas pelo pároco que na altura exercia funções e que sugeriu à população que na noite de 19 de março iluminasse as ruas com cascas de caracóis como ele vira noutra localidade.
Depois de alguns anos de interrupção, a tradição foi retomada em 1969 por intermédio do padre José Miguel Ferreira de Moura, tendo aliciado os José’s do Carvalhal para que fizessem de novo a antiga festa de São José, que se vai mantendo até aos dias de hoje.
Terminadas a celebrações religiosas, os participantes foram convidados a visitar a quinta edição da Feira de Artesanato, Doces e Licores, que decorreu no Salão Nobre da Sociedade Filarmónica do Carvalhal, tendo a banda desta instituição, que conta com mais de século e meio de existência, realizado uma breve atuação.
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