Organizado pelos estudantes do curso de Teatro da Escola Superior de Artes e Design de Caldas da Rainha (ESAD.CR), esta iniciativa anual contou com participação de seis escolas superiores convidadas, dando lugar a algumas das criações desenvolvidas recentemente em vários dos mais destacados cursos de teatro de todo o país.
Entre as entidades convidadas para esta edição destacaram-se a Universidade de Évora, a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), a Universidade do Minho, a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), a Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC), e a Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa (ESTAL).
O primeiro dia de festival teve início com uma cerimónia de abertura, na tarde do passado dia 20, na Praça da Fruta, onde os alunos do curso, caraterizados com roupas brancas e pretas, levaram a cabo uma pequena performance, que depressa chamou a atenção das pessoas que ali passavam e que ficaram a ver.
Segundo a organização da 8ª edição do “Festival Ofélia”, “optámos por representar, através dos figurinos, a diversidade que a palavra “tempo” contém, ou seja, algo incerto, uma espécie de ilusão ótica fornecida pelas cores branco e preto, em constante movimento”.
Após a performance, os alunos deslocaram-se até ao Parque D. Carlos I onde apresentaram a música oficial do festival. No mesmo dia, realizou-se um conjunto de sessões teatrais e artes performativas pelos alunos da ESAD.R, bem como, a apresentação da peça “Medeia”, interpretada pelos alunos da ESTAL, no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha.
No segundo dia, o maior destaque foi para o piquenique com a atriz Isabel Abreu, que já conta vinte anos de experiência na área da representação. De acordo com a artista, “as boas conversas decorrem em redor de uma mesa”.
Durante o piquenique, que decorreu no Pinhal junto à ESAD.CR, a atriz e os alunos discutiram e esclareceram dúvidas relativamente à área da representação, teatro, televisão e cinema.
Após o debate, o festival “Ofélia” continuou com várias sessões teatrais, tais como “Medeia” (Univ. Évora), “Entre o consciente e o inconsciente” (Univ. Évora), “Baal” (Univ. Minho), “Um esvoaçar entre nada e ninguém” (Univ. Évora), “Anny” (ESMAE), “Neura” (Univ. Évora) e ainda “Gente Sã do Campo” (ESAD.CR).
Já o último dia do festival teve início com uma palestra dada por um especialista em mentalismo, onde o mesmo ensinou a fazer uma leitura da linguagem corporal, com recurso a pequenos jogos. Ao longo do dia também foram apresentadas diversas peças teatrais, tais como “Terra Queimada” (ESAD.CR), “Quando o amor chega” (ESAD.CR), “Resisto” (ESAD.CR), “Os suicidas” (ESAD.CR), “Cá está ele, o verdadeiro” (ESAD.CR), “Sujeito Woyzeck” (ESTC), “Enquanto os lobos uivam” (ESEC), e ainda “Só há uma vida e nela quero ter tempo para construir-me e destruir-me” (ESAD.CR).
Para Ana Ribeiro, membro da organização, “a iniciativa foi um sucesso, pois permitiu a partilha entre escolas e pessoas”. Nesse sentido, a aluna mostrou-se “bastante satisfeita com o resultado final”, pois “todos os espetáculos tiveram sempre lotação esgotada”.
“O Ofélia renasceu!”, frisou a organização, que passou o testemunho aos alunos do 1º ano de Licenciatura de Teatro, que ficarão responsáveis pela organização da próxima edição do festival.
Ao longo dos três dias, os alunos de todas as escolas participantes pernoitaram no Pavilhão da Mata, num espaço improvisado com colchões cedidos pela Escola de Sargentos do Exército.
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