À semelhança de outros anos, terá diversos concertos de música clássica, essencialmente de teor religioso, entre outras atividades culturais.
No dia 23 de março, pelas 21 horas, na Igreja de São Pedro, haverá uma palestra, com o padre Jorge Ferreira, sob o mote “Espiritualidade da Semana Santa”.
No domingo de ramos, dia 25 de Março, num ambiente de oliveira, alecrim, rosmaninho e verdura pelo chão, tem lugar a procissão do Senhor Jesus dos Passos, que percorre algumas ruas tortuosas, fora e dentro das muralhas de Óbidos, parando junto de pequenos evocativos aos Passos da Paixão, culminando na Igreja da Misericórdia, onde se encontra armado um calvário, representando a montanha de Palestina, nas proximidades de Jerusalém onde Jesus sofreu a crucificação.
Este cortejo é aberto por uma figura tradicional, o “Gafaú”, que caminha descalça, com a cabeça envolvida por um pano e transporta um instrumento musical, conhecido por “serpentão”. Esta figura representa o carrasco, que caminha à frente da procissão que acompanha o condenado anunciando à multidão que a aproximação do mesmo está para muito breve.
Na sexta-feira santa, a comovente Procissão do Enterro do Senhor é realizada sem qualquer iluminação, a não ser os archotes que ardem nas mãos de jovens que se colocam em pontos-chave do percurso processional. Esta cerimónia, não estando determinada pelas rubricas do Missal Romano, estabeleceu-se em Portugal pela devoção dos fiéis no século XV e princípios do século XVI. Como manifestação cultural, é considerada o ponto alto das solenidades.
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