As esculturas de chocolate são um dos pontos incontornáveis do Festival Internacional de Óbidos e, este ano, a organização quis aproveitar este elemento de exposição para criar símbolos, que não são mais do que alertas aos visitantes para a “necessidade imperativa de uma mudança, assente numa consciência cívica e ambiental”, tendo em conta a temática do evento deste ano: alterações climáticas.
Cada escultura, para além de ser uma obra de arte, é um símbolo de uma relação causa-efeito do impacto do comportamento humano no planeta. Serão dez esculturas, cerca de dois mil quilos de chocolate, cedidos pelo parceiro Eureka e, convertidos em dez símbolos, que pretendem levar o visitante a refletir e a dar o primeiro passo. A organização do evento está a dar os primeiros passos nessa mudança, passando a reutilizar o chocolate de edições anteriores na construção das esculturas do festival.
Desde o Panda, símbolo do WWF (Fundo Mundial para a Vida Selvagem), espécie vulnerável devido à perda severa de biodiversidade, passando pelo urso polar, cuja vulnerabilidade desta espécie está relacionada com as repercussões do aumento da temperatura no seu habitat natural, aos painéis solares, que permitem a redução das emissões de dióxido de carbono e a melhorar a eficiência energética, será um percurso repleto de arte e sabedoria ambiental. Estes são alguns dos exemplos do que se poderá ver em Óbidos.
O chef chocolatier Abner Ivan está a realizar uma residência criativa em Óbidos, onde coordena uma equipa de pasteleiros, naquela que é uma oportunidade de aprendizagem para os pasteleiros locais, que através do desafio de elaborar peças complexas e sem nenhuma estrutura a não ser chocolate, adquirem novas competências na arte de trabalhar este produto.
Durante o Festival Internacional de Chocolate, de 23 de fevereiro a 18 de março, de sexta-feira a domingo, o chef Abner Ivan irá demonstrar ao vivo a construção de duas esculturas em chocolate, desvendando técnicas e segredos para a elaboração das esculturas.
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