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Comissão de Utentes do Centro Hospitalar do Oeste pediu uma auditoria à gestão

Marlene Sousa

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A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar Oeste (CHO) pediu no final de 2017 à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) uma auditoria à gestão do CHO.
Vítor Dinis alega que tem que haver transparência relativamente à gestão financeira do CHO

A Comissão de Utentes do Centro Hospitalar Oeste (CHO) pediu no final de 2017 à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) uma auditoria à gestão do CHO.

Vítor Dinis, porta-voz da comissão, considera importante apurar como estão as contas do CHO antes da passagem para Entidade Pública Empresarial (EPE) porque com a entrada em vigor da alteração de estatuto a “gestão a nível orçamental tem de ser alterada”.

O dirigente disse que “através da comunicação social, já foi noticiado existir um buraco orçamental de cerca de cinquenta milhões de euros”.

Sustentou que tem que haver transparência e mostrou a sua indignação com o facto de existirem “muitas suspeições, inclusive, pela forma como a atual administração está a gerir o CHO”.

Vítor Dinis explicou à imprensa que o pedido da auditoria interna tem como objetivo “apurar o eventual motivo de todas estas situações anómalas e estranhas no sentido de serem apuradas responsabilidades e os seus autores devidamente advertidos e penalizados se for o caso”.

A mesma comissão já pediu uma audiência de carácter urgente com o primeiro-ministro, António Costa, para falar dos problemas do hospital das Caldas e manifestar a sua preocupação pelos sucessivos adiamentos de passagem do CHO para EPE. A carta enviada ao primeiro-ministro diz que os utentes de toda a zona Oeste estão num total “desespero, pelo atentado à saúde pública a que têm estado sujeitos, tendo mesmo, nalguns casos, a sua vida em risco”.

O porta-voz manifestou ainda no documento que “a situação do CHO se agravou com o encerramento da cozinha, pela Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e como se não bastasse com o pico da gripe o tempo de espera nas urgências rondam as dez horas”.

Vítor Dinis aguarda resposta e garante que não vai “baixar os braços” e que vai continuar a lutar para que o “CHO sirva melhor os seus utentes”.

“Auditoria é pedagógica”

No encontro com os jornalistas, realizado na passada segunda-feira nas Caldas da Rainha, a presidente do conselho de administração do CHO, Ana Paula Harfouche, disse desconhecer o pedido da auditoria à gestão. No entanto, disse que é com “todo o gosto” que será auditado, porque desde jovem que trabalha na área financeira e sempre defendeu as auditorias como sendo “pedagógicas”. “As auditorias são sempre pedagógicas até para quem tem responsabilidades porque podemos estar sem detetar pequenos erros que podem ser corrigidos”, adiantou a responsável.

Ana Paula Harfouche sublinhou ainda que a situação financeira do CHO não é diferente diante do panorama de dificuldades dos 49 hospitais públicos com o estatuto institucional de unidade do setor público administrativa (SPA)de norte a sul do país.

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