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Comemorações no Feriado Municipal do Cadaval

José Bernardo destaca a requalificação do Centro Escolar do Painho como o ponto alto das celebrações

Mariana Martinho

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No próximo sábado celebra-se o Feriado Municipal no Cadaval, que assinala os 120 anos da restauração do concelho. Para esse dia estão previstas um leque de atividades diversas, de âmbito cultural e desportivo, incluindo a inauguração da requalificação da Escola do 1.º Ciclo e Jardim de Infância do Painho, que segundo o presidente da Câmara Municipal, reeleito nas últimas eleições autárquicas, José Bernardo Nunes, era a “obra que faltava para fechar a renovação do parque escolar do concelho, e a sua conclusão deixa-me muito satisfeito”. Além desta obra, o edil explica, em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, quais são as prioridades e desafios para este segundo mandato, que “passa essencialmente por darmos atenção a três vertentes: organização dos serviços do município, situação socioeconómica das famílias e execução de obras e projetos que entendemos estruturais” para o município. Para 2018, o autarca destaca ainda as obras do novo Centro de Saúde, que “tudo faremos para que possa estar disponível aos utentes até final deste ano”.
Presidente da Câmara Municipal prevê que o Centro de Saúde esteja disponível aos utentes até final deste ano

JORNAL DAS CALDAS- Nas últimas eleições autárquicas, José Bernardo foi reconduzido novamente ao cargo de presidente da autarquia, tendo até ampliado a sua votação, elegendo cinco vereadores contra dois do PS. Para este novo mandato que termina em 2021, quais são as perspetivas e desafios?

José Bernardo- A confiança que os Cadavalenses voltaram a depositar em mim e na minha equipa só nos responsabiliza ainda mais para que continuemos a fazer o bom trabalho que temos vindo a desenvolver. Quanto ao futuro, julgo que passa essencialmente por darmos atenção a três vertentes. A primeira, que passa pela organização dos serviços do município e a constante melhoria da sua resposta aos cidadãos, seja na parte administrativa, seja nos diversos serviços que prestamos, do fornecimento de água à recolha do lixo.

Uma outra vertente tem como preocupação a situação socioeconómica das famílias, criando condições favoráveis à sua permanência e fixação no concelho, nomeadamente melhores acessibilidades, educação, saúde e apoio social, que são áreas em que temos apostado e queremos continuar a apostar.

E uma vertente final, que passa pela execução de obras e projetos que entendemos como estruturais, como sejam a requalificação dos espaços urbanos, a conclusão das redes de saneamento, o desenvolvimento turístico e agroturístico e ainda a eficiência energética, essencialmente nas redes de iluminação e edifícios públicos.

J.C.- E para este ano, quais são as prioridades e intervenções previstas para o concelho?

J.B.-Das que estão previstas, algumas dependem só de nós, mas muitas dependem da administração central, nomeadamente aquelas que têm a ver com fundos comunitários.

Temos muitas intervenções previstas na área das acessibilidades, mas a nossa prioridade será o trabalho em parceria com as Juntas de Freguesia, que se tem revelado muito eficaz junto da população, com a resolução de problemas concretos das pessoas e, muitas das vezes, com um custo menor e uma maior rapidez do que se fosse a Câmara Municipal a fazer.

J.C.-No próximo sábado celebra-se o Feriado Municipal no Cadaval, que assinala os 120 anos da Restauração do concelho. Para esse dia, estão previstas um leque de atividades de âmbito cultural e desportivo, incluindo a inauguração da requalificação da Escola do 1.º Ciclo e Jardim de Infância do Painho. Quais foram as melhorias que o edifício recebeu e o custo total da obra?

J.B. – Sem dúvida, que o ponto alto este ano do programa festivo é a inauguração da requalificação da Escola do 1.º Ciclo e Jardim de Infância do Painho. Esta era a obra que faltava, para fechar a renovação do parque escolar do concelho, e a sua conclusão deixa-me muito satisfeito. Foi uma luta muito grande para levar a efeito esta obra.

O novo edifício, para além de permitir integrar o jardim-de-infância no mesmo espaço do 1.º Ciclo, veio melhorar, substancialmente, o conforto das salas de aula.

Para além disso, passa a existir um refeitório com todas as condições e espaços exteriores renovados e polivalentes, para além do mobiliário, material didático e equipamento informático, que serão novos.

A obra teve um custo total de 371.240,04€ e foi financiada em 297.041,08€, pelo “POR Centro 2020”, sendo que a Câmara entrou com o valor restante.

J.C.- Está prevista a conclusão do Centro de Saúde do Cadaval, com um valor de execução na ordem dos 700 mil euros para este ano. Que benefícios vai trazer este novo edifício aos utentes do Cadaval, e para quando a sua abertura?

J.B.- Embora existam prazos para a conclusão do novo Centro de Saúde, confesso que, como já vi aquela obra ser anunciada várias vezes, por vários governos, e com várias datas para abrir, temo em avançar com a data que está prevista, mas da nossa parte tudo faremos para que possa estar disponível aos utentes até final deste ano.

J.C.- Ainda na área da saúde, houve no dia 15 de dezembro uma reunião descentralizada do ACES Oeste Sul onde foi abordada a questão da colocação de médicos de medicina familiar, que no caso do Cadaval resultou na colocação de apenas um profissional. Como encara essa decisão? E que impacto terá no atendimento dos utentes?

J.B.- Efetivamente, do concurso para a admissão de novos médicos, apenas um foi colocado no Cadaval. De acordo com o que me foi explicado pelo Diretor Executivo do ACES Oeste Sul, couberam ao Cadaval duas vagas que foram inicialmente preenchidas por dois médicos, entretanto, no decorrer do procedimento, houve um que desistiu.

Daquilo que sei sobre o assunto, o Estado abriu vagas para todos os médicos que terminaram o seu curso e que estavam disponíveis para o mercado do trabalho. O que eu não percebo é que, se há falta de médicos, porque é que não abrem mais vagas nas faculdades.

É claro que, enquanto não tivermos médico de família para todos os utentes, haverá sempre impactos negativos no atendimento.

J.C. – A Câmara do Cadaval já aprovou o orçamento para 2018, no valor de 11,9 milhões de euros. Trata-se de um valor mais baixo do que o ano transato, que rondou os 12,1 milhões de euros. A que se deve esse decréscimo?

J.B.- Desde que assumi os destinos da autarquia, os orçamentos são sempre realistas, o que se tem traduzido em elevadas taxas de execução, ou seja, planeamos, orçamentamos e executamos. Não vale a pena empolarmos orçamentos, penso que, quem gere com rigor, só gasta aquilo que tem, ou que sabe que vai ter. É por isso que o valor da dívida é igual ao de 2013, e podemos pagar aos nossos fornecedores no dia em que compramos.

Se o valor do orçamento baixa, é porque temos menos receita, pois só na redução de impostos aos munícipes, que vamos aplicar neste ano de 2018, são cerca de 100 mil euros a menos nos cofres da autarquia, que vão diretamente para os bolsos das famílias do concelho.

Mesmo assim, continuaremos a garantir serviços de qualidade, e as obras planeadas têm todas verbas cabimentada para a sua execução.

J.C.- Relativamente aos impostos a aplicar em 2018, a Câmara Municipal vai manter a taxa de 0,375% para o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI)?

J.B.-Sim, embora seja nossa intenção reduzir esta taxa até final do mandato, optámos por aplicar o IMI Familiar, que beneficia as famílias com filhos e dependentes a cargo, e que pode significar uma poupança de até 70 euros na fatura anual de IMI da habitação principal. E devolveremos aos contribuintes do concelho 1% do IRS que teriam de pagar.

Neste momento, parece-nos uma medida social adequada, que foi refletida em conjunto com as juntas de freguesia do concelho, aquando da elaboração do orçamento.

O nosso objetivo é aliviar, sempre que possível, a carga fiscal dos munícipes, sem colocar em causa a prestação de serviços ou a realização das obras que lhes fazem falta, este é um princípio básico que respeitaremos.

J.C. – No ano passado, devido às alterações do mapa judiciário, o tribunal de comarca do Cadaval reabriu como Juízo de Proximidade. Que benefícios trouxe ao concelho?

J.B.- A minha preocupação foi, sempre, garantir que os cadavalenses continuassem a ter acesso aos serviços do Ministério da Justiça no concelho e que não precisassem de se deslocar para fora aquando da realização dos julgamentos, e isso, ao que sei, está assegurado no Palácio da Justiça, que atualmente acolhe, também, o Tribunal de Trabalho.

No decorrer do ano passado, o Município do Cadaval esteve, também, na génese da criação do Agrupamento de Julgados de Paz do Oeste, do qual fazemos parte, podendo qualquer munícipe recorrer ao Julgado de Paz sediado no edifício do Paços do Concelho para resolver causas comuns de natureza cível, cujo valor não exceda os quinze mil euros.

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