Segundo a proposta, procura-se uma “gestão pertinente da água” e a adoção de “comportamentos adequados” ao risco de seca.
“É certo que o nosso concelho não apresenta uma situação tão grave quanto outras regiões do país. Encontramo-nos no entanto numa zona classificada pela Agência Portuguesa do Ambiente, como estando em “seca severa” e as consequências já se fazem sentir fortemente no sector agrícola, não tendo ainda felizmente chegado às nossas torneiras”, manifestou o deputado.
“A própria Câmara, de modo responsável, tem demonstrado alguma preocupação e tem agido no sentido de ter alguns cuidados com os gastos de água. No entanto, devemos resolver questões críticas para o concelho como os desperdícios de água na rede através de fugas e mau uso, requalificando a rede de águas e saneamento, investir no tratamento das águas residuais e devolvê-las para um uso adequado, nomeadamente regas e lavagem de estradas, e não simplesmente enviá-las para o mar. Devemos olhar seriamente para as zonas onde se consome água na indústria que utiliza muitos dos nossos recursos hídricos municipais já tratados, podendo aproveitar o vasto lençol de água do vale tifónico entre outras medidas”, elencou.
O plano municipal para o uso da água que propôs divide-se em duas componentes: uma mais pedagógica e informativa, assente em campanhas de sensibilização; outra mais atuante, dependente da acção direta da câmara e das freguesias.
Relativamente à componente pedagógica, são sugeridas, entre outras medidas, que sejam criadas campanhas específicas dirigidas à agricultura, à indústria e ao uso doméstico.
No que diz respeito à acção directa da câmara e juntas de freguesia, as medidas passam por deixar de construir relvados em pequenos espaços públicos, mantendo apenas a rega nos classificados como parques públicos (de maiores dimensões), promover espaços verdes que utilizem menos água, nomeadamente com espécies adequadas menos exigentes e com rega mais eficaz, nomeadamente gota-a-gota subterrânea contribuindo também assim, para a protecção não poluindo, dos canais de água subterrâneos.
Evitar fontes luminosas e outras decorações públicas baseadas em água, sem serem em circuito fechado, evitar limpezas de ruas com água potável, utilizar águas provenientes de centros de tratamento de água para limpezas e outras utilizações não essenciais, rever a rede de fornecimento de água e mantê-la em condições e implementar equipamentos de detecção de fugas que já existem no mercado, criar, em cada freguesia e em locais públicos dependentes da autarquia (serviços camarários, escolas, e outras infra-estruturas), locais de recolha de água da chuva para uso durante o ano, são medidas recomendadas.
Esta proposta será votada em próxima reunião da Assembleia Municipal.
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