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Cirurgião plástico disponibiliza-se para reconstruir orelha de criança das Caldas

Francisco Gomes

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Um cirurgião plástico do Porto disponibilizou-se a fazer de forma gratuita a reconstrução da orelha arrancada a uma criança das Caldas da Rainha que foi mordida por um cão em 2014 e que tem levado os pais desde essa altura à pesquisa de um clínico em Portugal que se possa encarregar desta complexa intervenção, agravada pela tenra idade do menor, atualmente com cinco anos.
Cão arrancou orelha

Abel Mesquita, diretor do serviço de cirurgia plástica do Centro Hospitalar do Porto, prontificou-se a fazer uma consulta para avaliação das condições de intervenção no Centro Materno Infantil do Porto, daquela instituição de saúde.

“Com frequência faço reconstruções totais da orelha, que normalmente nestes casos faz-se com recurso à cartilagem da costela do próprio paciente, o que é feito em pelo menos dois atos cirúrgicos espaçados no tempo”, referiu.

Segundo o cirurgião, “a orelha que se reconstrói cresce muito pouco e convém que a orelha do outro lado tenha o tamanho mais definitivo possível para ser usada como molde”, daí que “poderemos ter que esperar entre o primeiro tempo cirúrgico, em que se começa já restaurar alguma forma, e o definitivo, que pode ser aconselhável seja aos sete ou oito anos”.

“Tudo depende do desenvolvimento da criança, que pode já ter um tamanho suficientemente graúdo para se proceder a uma reconstrução mais definitiva”, indicou, pelo que a primeira consulta será para “analisar a criança” e verificar outra condição essencial: “Tem de haver cartilagem costal suficiente”.

?Três anos à espera

Os pais de Alexandre andam há três anos a procurar um cirurgião plástico que faça a reconstrução da orelha esquerda arrancada por um cão quando ele tinha 27 meses e estava aos cuidados de uma ama, que foi condenada em tribunal pelo crime de ofensa grave à integridade física negligente a uma pena de 500 euros de multa.

A ama, de 66 anos, foi ainda obrigada ao pagamento de vinte mil euros a título de danos morais, acrescidos da quantia que vier a apurar-se necessária para a aquisição de próteses e reconstituição cirúrgica, mas segundo a mãe da criança, Liliana Cepoi, a decisão judicial ainda não foi executada, porque a condenada alega não ter dinheiro.

A progenitora não perde a esperança de uma reconstrução com sucesso. O menino “tem a noção de que para o ano vai para a escola e quer ter duas orelhas”, adiantou.

Segundo a mãe, ele “não deixa ninguém mexer na cabeça, nem penteá-lo”. Tem disfarçado a falta da orelha com o cabelo crescido, que tapa a zona mordida.

Apesar do violento ataque de que foi alvo, a audição da criança não terá sido afetada, de acordo com os exames até agora realizados, que não revelaram deficiências no canal auditivo.

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