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Taça de Portugal

Caldas 1 Académica 1 (5-3 após grandes penalidades)

Rui Miguel

EXCLUSIVO

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O Caldas venceu a Académica de Coimbra e fez história na Taça de Portugal. Uma única palavra: eletrizante. Podiam ser outras. Emoção, incerteza, entrega, determinação, sofrimento, coração, enfim, todas as qualidades, quando uma equipa de menor dimensão tenta equilibrar forças diante de um gigante.
Entrada das equipas em campo

Árbitro: Vitor Ferreira

Assistentes: Valdemar Maia e Pedro Fernandes

Caldas: Luis Paulo; Almeida; Suvenal; Thomas Militao; Clemente; Paulo Inácio; André Simões; João Rodrigues; Pedro Emanuel; Ryan; Luis Farinha.

Suplentes: Natalino; Cascão; Rony; Vitor Rodrigues; Marcelo Santos; Alexandre Cruz; Januário.

Treinador: José Vala

Disciplina:

Amarelos– Clemente (36M-1P); Farinha (42M-1P); Alexandre Cruz (6M-1P-Prol.); Paulo Inácio (15M-1P-Prol.); André Simões (2M-2P-Prol.); Militão (10M-2P-Prol.)

Vermelho – Farinha (46M-1P)

Golo: João Rodrigues (18M-1P); João Rodrigues (GP); Clemente (GP); Alexandre Cruz (GP); André Simões (GP)

Substituições: Juvenal (Rony, 24M-2P); Pedro Emanuel (Januário, 28M-2P); Ryan (Alexandre Cruz, 48M-2P)

Académica: Ricardo Ribeiro; Ricardo Dias; Marinho; João Real; Nelson Pedroso; Guima; Chiquinho; Mike; Djousse; Yuri; Luisinho.

Suplentes: Guilherme, Ki, Zé Tiago; Harramiz; Tiago Duque; Diogo Ribeiro; Tozé Mareco.

Treinador: Ricardo Soares

Disciplina: Amarelos – Guima (35M-1P); Nelson Pedroso (20M-2P); Ricardo Dias (35M-2P); Chiquinho (8M-2P-Prol.); Harramiz (10M-2P-Prol);

Golo: Mike (22M-2P); Ki (GP); Harramiz (GP);

Substituições: Guima (Harramiz, 45M-1P); Yuri (Ki, 18M-2P); Djousse (Alexandre Cruz, 2M-1P Prol.)

O clube alvinegro, do Campeonato de Portugal (terceiro escalão do futebol nacional), eliminou a Académica, que compete atualmente na II Liga, no desempate por grandes penalidades, após o 1-1 no tempo regulamentar. A equipa das Caldas da Rainha já havia eliminado o também secundário Arouca – além de Lourinhanense, Montijo e Cesarense. ~

O velhinho campo da Mata terá vivido, por certo, uma das tardes mais memoráveis da sua longa existência. Nas bancadas, quase dez mil adeptos, fervorosos, que traduziram a verdadeira festa do povo. “Há muitos anos que aquela porta da bancada central não abria” disse um adepto caldense, pouco habituado a ambientes tão congestionados. Aqui começou a vitória do Caldas, sem tremer e a colocar em sentido uma Académica que, diga-se, também nunca se entregou.

Foi um jogo bonito? Não muito, é certo, mas toda a emoção valeu o preço do bilhete.

O jogo começou de feição para a equipa caldense que logo aos 18 minutos se colocou em vantagem graças ao golo de João Rodrigues, o “Tarzan” das Caldas, justo, nessa altura. O mesmo adepto desabafou: “Já vou satisfeito que não vamos a zero…”.

Não foram. Sofreram. Até reduzidos a dez. No último minuto da primeira parte Luís Farinha viu o segundo cartão amarelo (tinha visto o primeiro aos 41 minutos).

Na segunda metade, a Académica reagiu e marcou através de Mickael Moura (Mike) aos 68 minutos. Acreditou mas não deu a volta. Deixou tudo para o fim, os penaltis e por lá caiu, tal como o Arouca, na ronda anterior.

O Caldas converteu quatro penalties e a equipa da Académica apenas dois.

João Rodrigues, Diogo Clemente, Alexandre Cruz e André Simões converteram as grandes penalidades que carimbaram a passagem do Caldas Sport Club para os quartos-de-final da Taça de Portugal.

Farense é a equipa que se segue

É uma certeza nesta Taça de Portugal: as meias-finais vão contar com uma equipa que participa no Campeonato de Portugal, terceiro escalão do futebol português. Isto porque Caldas e Farense vão esgrimir forças na próxima eliminatória, no Campo da Mata, no dia 10 de janeiro. O Caldas pode continuar a sonhar.

Quartos-de-final (a disputar entre 9, 10 e 11 janeiro): Jogo 1: Cova da Piedade (II) – Sporting (I) Jogo 2: Moreirense (I) – FC Porto (I) Jogo 3: Caldas (CP) – Farense (CP) Jogo 4: Rio Ave (I) – Desportivo das Aves (I) O sorteio ditou que as meias finais vão opor os vencedores dos jogos 1 e 2 e os dos jogos 3 e 4.

Campo cheio

“Festa do Jamor é na Mata”, foi o slogan do piquenique organizado pela família alvinegra. A iniciativa realizou-se dentro e fora do campo. O campo da Mata contou com uma boa casa, com a presença das claques do Caldas e da Académica.

A Federação Portuguesa de Futebol esteve presente. Rui Manhoso, vice-presidente da federação, foi um dos espetadores.

Reações:

José Vala (Treinador do Caldas) – “O sentimento que eu tenho neste momento é que os jogadores que tenho no balneário foram de facto uns heróis. Para além da história que nós fizemos, por ser de facto um marco grande para o clube, fica aquilo que eles fizeram. Neste jogo, estar tanto tempo com dez elementos, ter de defender com linhas muito baixas, suportar uma equipa com muita qualidade, aguentarmos, e depois irmos para penaltis e demonstrarmos que os penaltis não são só sorte. Penaltis também é concentração, treino e acima de tudo uma grande confiança nos jogadores que vão marcar. As palavras que tenho são para os meus jogadores, que foram uns verdadeiros heróis.

Ao intervalo disse-lhes que estávamos de facto a dar uma excelente imagem, que este povo todo que esteve no Campo da Mata de certeza que estava orgulhoso do que estávamos a fazer, que tínhamos que dedicar esta vitória ao Farinha, que tinha sido expulso e que tínhamos que ser mais coesos com dez do que com onze.

Infelizmente não estamos a viver uma boa fase do nosso campeonato, a Taça de Portugal tem que nos servir como um tónico para aquilo que é a nossa realidade. Não estamos a viver dias felizes em termos de resultados, na última jogada caímos para zona de despromoção na nossa série, vamos procurar utilizar este jogo como fator de motivação. Quem tem estes níveis de desempenho também tem que conseguir fazer mais no nosso campeonato.

Em relação à Taça, vamos esperar, teremos aqui o Farense e teoricamente as possibilidades de ganhar seriam maiores do que ganhar ao Arouca ou ao Académica, mas sinceramente não sei, o Farense tem uma excelente equipa, mas de certeza que vamos procurar continuar a fazer história, e se o Caldas fosse às meias-finais ficávamos todos muito orgulhosos”.

Tiago Aguiar (Treinador Adjunto da Académica) – “A Académica deslocou-se às Caldas com vontade e a intenção de seguir em frente e lutou muito para o conseguir.

Sabíamos que ia ser um jogo difícil. A Taça de Portugal, por si só, tem pergaminhos que transcendem equipas mais pequenas, mas acho que não foi isso. Estávamos preparados, estávamos avisados, estudámos muito bem o Caldas à imagem do que fazemos com todos os adversários.

É verdade que não entrámos bem no jogo, mas a partir dos quinze minutos o jogo foi completamente da Académica. Fomos melhores, fomos muito superiores, tivemos seis ou sete oportunidades flagrantes de golo. Por isso o Luís Paulo, guarda-redes do Caldas, foi o melhor jogador em campo. Infelizmente no pormenor, no golo, não conseguimos concretizar e foi meramente falta de eficácia.

Acreditámos sempre, esta equipa tem esse ADN de acreditar, tentámos, por fora, por dentro, mas as bolas não queriam entrar, o guarda-redes do Caldas foi maravilhoso em campo, foi o melhor jogador

Os penaltis foram, claro, ensaiados, mas desta vez não saíram bem. Vamos concentrar todas as nossas atenções e olhar para a Liga 2, porque queremos subir de divisão”.

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