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Bicicletas eléctricas para estudantes, funcionários e professores do Politécnico

Francisco Gomes

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220 bicicletas elétricas vão estar a partir de janeiro ao dispor dos estudantes e colaboradores das escolas e infraestruturas científicas do Politécnico de Leiria (em Caldas da Rainha, Peniche, Marinha Grande e Leiria), que podem usá-las por períodos de seis meses como alternativa à utilização dos automóveis. A iniciativa visa estimular hábitos de vida saudáveis.
Sessão de divulgação das bicicletas eléctricas na ESAD.CR

Os candidatos a receber uma destas bicicletas têm de ter carta de condução. É um requisito que certifica que têm noções das regras do Código da Estrada e não é uma exigência que reduza grandemente o universo a que se destina, uma vez que, de acordo com o Politécnico de Leiria, 80% dos estudantes já têm carta de condução, título detido por quase toda a restante comunidade académica. O Politécnico é frequentado por mais de 11.500 alunos e que conta com 1.300 trabalhadores.

Para além disso devem ser utilizadores regulares de transporte motorizado individual, para se justificar o impacto na redução da poluição com a mudança para a bicicleta, o que não impede que possam continuar a usar carros ou motas.

Todos os membros da comunidade académica podem candidatar-se à atribuição de uma bicicleta, mas 90% dos veículos serão atribuídos a estudantes e 10% para técnicos administrativos e professores, e cada utilizador deve cumprir os objectivos mensais de quilómetros percorridos (o mínimo de 40 quilómetros), comprometer-se a efetuar deslocações regulares para as escolas em bicicleta, podendo conjugar com transporte público coletivo, e garantir uma utilização responsável da bicicleta, que ficará sob sua responsabilidade.

As bicicletas têm um sistema de georreferenciação e de comunicação, em tempo real, sendo o registo destes dados mantido anónimo, mas servirá para verificar se está a ser cumprido o número mínimo de quilómetros a percorrer por mês e, em caso de furto, saber-se-á onde se encontram. Para maximizar o impacto ambiental do projeto, serão escolhidos os elementos que se comprometerem a realizar a maior distância mensal.

Irão existir dois momentos de candidatura por ano. Há uma caução inicial de 50 euros, que será devolvida se forem cumpridos os objectivos propostos (há um período de teste de quinze dias). Mensalmente os utilizadores pagarão dez euros, que servirão para cobrir os custos relacionados com o seguro. Cada utilizador receberá um kit com capacete, mochila, proteção para mochila, braçadeiras reflectoras, poncho e spray anti-furos. Para conduzir estas bicicletas basta levar consigo o cartão de cidadão. O uso é intransmissível. Será fornecida formação e haverá campanhas de promoção do projeto.

Haverá 220 postos de amarração com carregamento gratuito para as bicicletas em todas as escolas e edifícios associados ao Politécnico de Leiria. As bicicletas têm autonomia para cem quilómetros e o carregamento total demorará cerca de hora e meia. Estão a ser realizadas reuniões com municípios para haver postos de carregamento compatíveis nos centros das cidades.

Existirá um número mínimo de bicicletas por cidade, segundo foi explicado na sessão de apresentação do projeto U-Bike, no auditório da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR), no passado dia 15. Nas Caldas são quinze bicicletas no mínimo, em Peniche dezassete, Marinha Grande duas e em Leiria setenta e seis.

Rui Pedrosa, do Politécnico de Leiria, descreveu que a aposta recaiu nas bicicletas eléctricas em vez das convencionais.

Ana Pereira, instrutora de condução da empresa Cenas a Pedal, fez uma intervenção sobre os benefícios da utilização da bicicleta e formas de contornar algumas aparentes desvantagens em relação a outros meios de locomoção.

Segundo João Pedro, do Politécnico, “foi feito um estudo sobre a mobilidade, através de um inquérito online, que demonstrou que os hábitos de mobilidade não são os melhores e que a utilização do veículo privado é muito elevada”, procurando-se com esta iniciativa “tentar inverter essa situação”, pelo menos três ou quatro dias por semana.

As instituições de ensino superior são as dinamizadoras do projeto a nível nacional. O Politécnico é pioneiro no distrito de Leiria. Nas Caldas, ao U-Bike juntar-se-á ainda um projeto vencedor do Orçamento Participativo que visa a criação de ciclovias. As bicicletas desse projeto são compatíveis com o sistema do U-Bike.

O projeto, orçado em 500 mil euros, obteve uma comparticipação de 85% de fundos comunitários e terá uma duração de seis anos.

Associação de Estudantes colabora

A sessão de apresentação nas Caldas das Rainha teve pouca participação dos alunos, mas a presidente da associação de estudantes da ESAD.CR disse ao JORNAL DAS CALDAS que “é uma boa iniciativa, porque há certos alunos que precisam de transporte”.

“A maior parte vem de carro, a pé ou de bicicleta. Não vem de Toma (transporte urbano das Caldas da Rainha”, referiu Elda Crisóstomo.

Reconhecendo que alguns custos associados à utilização das bicicletas poderão ser um obstáculo “para alguns alunos que tenham dificuldades financeiras”, sublinhou que os dez euros mensais é um esforço que pode valer a pena.

A associação vai colaborar na divulgação do projeto.

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