O alerta foi dado pelas 23h41, quando o padre José Gonçalves, de 68 anos, das paróquias do Landal, A-dos-Francos e São Gregório, estava no interior da casa e se apercebeu das chamas, que terão tido origem na saída de gases de uma salamandra acesa e que entraram em contato com o revestimento em madeira.
“Pus um taco de lenha na salamandra e fui descansar. Vinte minutos depois ouvi um barulho esquisito e fui ver o que se passava, era o teto que estava todo a arder”, contou ao JORNAL DAS CALDAS.
O padre ainda tentou apagar o fogo com baldes de água, mas “começaram a cair pedaços de madeira incandescentes em cima de mim”. “Só tive tempo de fugir de casa. Cheguei a recear muito pela vida. Foi um grande susto”, adiantou.
Quando os bombeiros das Caldas da Rainha chegaram ao local já estava “a casa praticamente toda tomada pelo incêndio e o telhado a cair”, relatou o comandante da corporação, Nelson Cruz.
Os bombeiros compareceram com 22 operacionais e seis viaturas, mas as chamas alastraram com tanta rapidez que foi impossível serem travadas. A remoção dos escombros só terminou cerca de cinco da manhã.
Devido ao incêndio ficou destruída grande parte dos registos paroquiais, relacionados com casamentos, batizados e óbitos, mas segundo o padre, “o Patriarcado de Lisboa tem cópias”. “Ainda encontrámos alguns livros de registos bem conservados debaixo do entulho”, revelou José Gonçalves. O telhado e o recheio da casa arderam. Só ficaram as paredes.
José Gonçalves ficará acolhido em casa de paroquianos até a habitação ser reconstruída. Armando Monteiro, autarca do Landal, garante que a junta de freguesia, a Câmara Municipal das Caldas da Rainha e a população vão ajudar na reconstrução da casa. O pároco é bastante estimado nas paróquias a que preside.
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