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Mulheres Plus Size andaram pelas ruas da cidade em luta contra preconceitos

Mariana Martinho

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Vinte mulheres Plus Size vestidas com uma t-shirt branca e com flyers na mão andaram no passado sábado de manhã pelas ruas mais movimentadas da cidade a mostrar que "ser mulher é ser MaGGnifica”, mesmo que “tenham uns quilinhos a mais”. Este movimento, organizado pela loja MaGGnifica, visa o “empoderamento da mulher, ajudar a sua aceitação e afirmação, e trabalhar no sentido de valorização pessoal, aumento de autoestima e definição do seu papel na sociedade sem preconceito, relativamente ao tamanho ou forma física”, e vai continuar por outras cidades de Portugal.
Grupo de mulheres plus size que participou na marcha

Sob o mote “ser mulher é ser MaGGnifica”, as participantes passaram pela rua das Montras, Praça da Fruta e Parque D.Carlos I, entregando balões e flyers do movimento à população, e ainda gritando “nós somos o quê? Somos magníficas”. A iniciativa pretende dar “voz e vida à MaGGnifica mulher que há em nós”, através deste projeto piloto que todos os meses vai estar numa cidade do país, sendo que as próximas serão Torres Novas e Elvas.

Segundo Sílvia Medalha, proprietária da loja, “este projeto surgiu através da necessidade das mulheres plus size se afirmarem e de terem auto estima, porque infelizmente ainda existe um grande preconceito da sociedade relativamente ao tamanho”. Nesse sentido, a responsável pensou numa forma de “sensibilizar as pessoas” para esta causa, de modo “a olharem com outros olhos para estas magnificas”.

“As mulheres precisavam daquele clique para perceberem que somos todas iguais, mesmo que tenhamos uns quilinhos a mais”, frisou a proprietária, adiantando que o projeto irá continuar por outras cidades, e sempre em parceria com uma loja que tenha roupa plus size.

Foi com ajuda da colaboradora e participante na marcha, Maria João, que Sílvia Medalha decidiu “dar início à marcha nas Caldas”, tendo esta “corrido muito bem, quer a caminhada como as restantes atividades que decorreram durante a tarde”.

Para Maria João, esta iniciativa tinha como intenção criar “algum impacto relativamente a nós, mulheres plus size, que temos aquela dificuldade de nos sentirmos integradas na sociedade, por sermos gordinhas”. Por isso, a colaboradora explicou que “apostámos na criação de um movimento que visa o empoderamento das mulheres plus size, que devem ser notadas não só pela sua forma mas sim pelo seu ser”.

Nesse sentido, Maria João sublinhou que “o movimento deu oportunidade de nos libertamos e de darmos voz e vida à magnífica mulher que há em nós”. Apesar de haver sempre “aqueles grus maldispostos que viram a cara”, Maria João esclareceu que “todas as pessoas aceitaram bem o nosso movimento porque nós somos giras e simpáticas”.

Igualmente Josefina Poderosa salientou que “a iniciativa foi ótima, pois ajudou a mostrar à população que não há nenhum preconceito em sermos como somos. Mais cheiinhas mas somos felizes e contentes como somos”.

Outra das caldenses que também participou no movimento foi Andreia Miguel, que “adorou a experiência de sentir-se liberta dos padrões de beleza impostos pela sociedade”.

Para a caldense, este movimento tem como “objetivo causar um impacto positivo junto da sociedade, e mostrar que temos orgulho naquilo que somos e que não somos menos mulheres por termos um tamanho maior”.

O projeto continuou à tarde com a realização de vários workshops de auto estima, determinação, imagem e maquilhagem, em que Sílvia Medalha deu algumas dicas de aconselhamento de imagem às participantes. Quem também participou na iniciativa foi a modelo Plus Size, Maria Inês Peixoto, que falou sobre auto aceitação e postura.

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