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Caldense estuda Gestão de Artes Culinárias em Inglaterra

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O caldense Gonçalo Machado, de 18 anos, que terminou no ano letivo 2016/2017 o curso de nível 4 de Técnicas de Cozinha e Pastelaria (TCP) na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), ingressou em setembro na University College Birmingham, em Inglaterra, e está a frequentar o curso de “Culinary Arts Management” (Gestão de Artes Culinárias) o que lhe permite aceder a uma experiência extremamente enriquecedora no campo profissional e pessoal, onde as competências técnicas são reforçadas num processo acompanhado pela descoberta de uma sociedade com referências, culturais e empresariais diferentes. 
O caldense Gonçalo Machado e o chef de cozinha e professor da University College Birmingham

Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o chef de cozinha da University College Birmingham, David Hanlon, professor de Gonçalo Machado, sublinha que “os estudantes que terminam a sua licenciatura em Gestão de Artes Culinárias têm as ferramentas necessárias para entrar no mercado de trabalho com capacidade e profissionalismo”.

O que levou Gonçalo Machado a procurar formaçãoforado seu país? É apenas o diploma e a possibilidade de viver novas experiências ou são os conhecimentos e experiências indispensáveis ao sucesso profissional nos dias de hoje?

Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o jovem caldense explica que decidiu agarrar este grande desafio de tirar uma licenciatura no estrangeiro, neste caso, numa das “melhores universidades do mundo” – a University College Birmingham”, porque viu no curso de Gestão de Artes Culinárias “uma grande oportunidade de prosseguir os meus estudos na área de cozinha pela qual tenho uma grande paixão, concretizando assim um grande sonho que tenho desde pequeno”.

Está em Birmingham há cerca de quatro meses e considera a universidade “espetacular “na área da cozinha, instalações e no conteúdo abordado em cada matéria”.

Depois de um difícil período de adaptação, o futuro chef de cozinha tem motivos para sorrir. “Estou a começar a estabilizar-me e trabalho todos os dias para o conseguir”, contou o jovem estudante, sublinhando o apoio que tem recebido diariamente dos professores.

A opinião que Gonçalo tem em relação aos docentes e chefs não podia ser melhor, porque além de professores “são nossos amigos, ajudando-nos no que for preciso e empenham-se muito para a nossa rápida integração”. “As aulas são muito intensas e de uma partilha de conhecimentos e experiências espetaculares. A aprendizagem está a ser muito rápida quer em termos pessoais quer em termos profissionais, toda esta experiência está a ser muito importante para mim e sinto-me mais integrado a cada dia que passa”, apontou.

O que Gonçalo tem gostado mais e que lhe tem “enriquecido em termos pessoais” é a “diversidade cultural” que encontrou na cidade e até mesmo na sua turma, que normalmente tem aulas com estudantes de dez nacionalidades diferentes, e outras em que são mais de vinte e cinco”.

Quanto às aulas sente-se bem preparado tecnicamente, pois temtido a oportunidade de aplicar as bases culinárias, os seus conhecimentos e métodos de trabalho que aprendeu nas Caldas na EHTO. No curso tem várias disciplinas: restaurante, cozinha e pastelaria, comodidades e nutrição, higiene e segurança alimentar, com vertente prática em laboratório, onde fazem várias experiências testando assim vários alimentos e bactérias e cozinha teórica. O jovem caldense destaca também a disciplina de preparação de estágio, que considera “muito importante visto que o segundo ano do curso é composto por um estágio de 48 semanas, num local à escolha do aluno”. “Na preparação para o estágio temos aulas de grupo e também apoio individual para que a escolha seja a mais assertiva e ponderada possível”, explicou Gonçalo Machado.

Segundo o estudante, na UCB há dois restaurantes abertos ao público, um que funciona à hora de almoço e o outro ao jantar. “Somos nós alunos que cozinhamos, servimos, recebemos os clientes, bem como toda a parte contabilística e de controlo de custos, preparando-nos assim para um cenário real de trabalho”, contou.

A universidade conta também com uma padaria e pastelaria aberta ao público, vendendo produtos produzidos na mesma pelos alunos dos respetivos cursos.

No país, a maior diferença que sente é sobretudo na “organização, preparação e rapidez em qualquer coisa que se faça, como também na dimensão da cidade pois encontro-me na segunda maior cidade de Inglaterra”.

Morar sozinho trouxe como novidade a gestão das despesas, o ter de ser ele a pagar as contas. De resto, na gestão de uma casa diz que“já sabia fazer tudo”.

As expetativas em relação à universidade são elevadas e está a “complementar tudo o que queria para a minha carreira, pois a projeção da escola perante o mundo do trabalho é enorme, as próprias disciplinas são muito práticas e específicas, requerendo sempre muito empenho e dedicação”.

Como desde pequeno tem o sonho de ser um grande chef, continua a destacar a importância de ter “paixão pela cozinha e pela indústria hoteleira”, considerando que cada vez mais “os sonhos comandam a vida”.

Gonçalo Machado agradece ao seu professor, o chef David Hanlon, por ter aceite colaborar nesta entrevista e à sua família e amigos por todo o apoio que têm dado “nesta longa caminhada até ao sucesso”.

Entrevista ao chef de cozinha da “University College Birmingham”, David Hanlon

Em entrevista ao JORNAL DAS CALDAS, o chef de cozinha da University College Birmingham David Hanlon, professor de Gonçalo Machado, disse que trabalhar nesta universidade é “verdadeiramente global”, porque dão “as boas-vindas a estudantes internacionais”. Um quarto dos alunos é do exterior e há estudantes oriundos de 65 países, abrangendo a Europa, Médio Oriente, América, África e o Extremo Oriente. “Eu gosto de ensinar alunos de diferentes culturas e países, isso significa que aprendo muito sobre sua abordagem de diferentes sabores, texturas e combinações”, disse o chef, que utiliza esta “valiosa aprendizagem” no seu ensino para melhorar a “experiência a outros alunos”.

Todos os estudantes que ingressam na universidade recebem inicialmente informação sobre a universidade e a cidade. “A escola tem um amplo programa de auxílio incluindo apoio na língua inglesa para todos os estudantes”, referiu.

Segundo David Hanlon, as principais características que a universidade procura na admissão de um aluno é a “paixão e entusiasmo que tem pela área que procura”.

De acordo com o chef inglês, “os estudantes que terminam a sua licenciatura em Gestão de Artes Culinárias estão aptos e têm as ferramentas necessárias para entrar no mercado de trabalho”.

A universidade tem uma associação composta por ex-alunos da escola que se estende para além da última palestra e graduação. “Muitos estudantes que já terminaram o curso continuam ativamente envolvidos com a universidade e regressam para compartilhar as suas experiências profissionais”, apontou, revelando que alguns até fazem propostas de trabalho aos atuais alunos com o objetivo de lhes proporcionar “experiência nas suas empresas e organizações”. “Cada estudante que conclua a sua licenciatura nesta escola tornar-se-á automaticamente parte dos ex-alunos, beneficiando de auxílio contínuo e com acesso aos recursos que precisam para se sentirem plenamente apoiados no futuro”, sublinhou David Hanlon.

A universidade tem também uma empresa (The Enterprise Hive) para auxiliar os alunos que desejam apostar nos seus próprios negócios.

As principais qualidades para ser um bom chef de cozinha são, de acordo com David Hanlon, “desejo e energia para continuar a aprender sobre a gastronomia e a indústria da hotelaria e manter uma mente aberta sobre uma indústria que está em constante mudança”.

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