No entanto, segundo o JORNAL DAS CALDAS apurou, o pianista deverá voltar a atuar no museu mas num formato de concerto, fora da hora normal de visita e com entradas pagas.
“Lamento que tudo o que é bom e útil termine de forma tão inexplicável. Terá a ver com o jantar do Panteão? Mas não encontro nenhum ponto de ligação. Contudo, acredito na direcção do Museu, no bom senso e numa futura solução que nos devolva algo que agrada a um público alargado, que apoia um artista e que realça e corresponde a uma das funções de um museu: estimular a arte e educar os cidadãos pela arte”, comentou Cristina Horta, que pediu a quem estivesse de acordo que divulgasse esta posição, recebendo bastante apoio.
Segundo revelou, “a queixa entretanto chegou a Coimbra [Direcção Regional da Cultura do Centro] e lá veio a proibição de qualquer concerto ou espectáculo nas horas de funcionamento [horas normais de visita às exposições] do Museu.
Paulo Caiado foi mais longe: “A notícia é tão aberrante como inconcebível e até escandalosa e a pedir responsabilidades. Então uma única indivídua, provavelmente até forasteira, condiciona o programa cultural de uma cidade?! Mas isto é kafkiano”.
Isabel Cunha Santos revelou também ter escrito no livro de reclamações que “desde maio que tenho vindo a assistir no Museu Malhoa a recitais de piano interpretados por um jovem pianista, virtuoso, cujo dom musical me cativou desde o início. Fui surpreendida com a informação de que os recitais foram inviabilizados pela Direcção Regional da Cultura do Centro porque alguém reclamou ter ouvido “barulho” aquando de uma visita ao referido museu. Como é que é possível, primeiro que tudo, chamar à música de Beethoven e Chopin “barulho ou ruído”?”.
“Numa cidade em que a música clássica está longe de existir, em que a cultura devia ser motivada, incentivada, para o crescimento intelectual das pessoas, proíbem este tipo de eventos que este jovem pianista nos proporciona gratuitamente, apenas pagando o bilhete de entrada e cuja receita reverte inteiramente a favor do museu”, manifestou.
A direção do Museu José Malhoa disse que as questões deviam ser colocadas à Direcção Regional da Cultura do Centro, com a qual não foi possível ao JORNAL DAS CALDAS em tempo útil estabelecer o contacto.
0 Comentários