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Chão da Parada

Matou mulher à facada e tentou suicidar-se

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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Uma mulher de 37 anos foi assassinada com vários golpes de faca no pescoço na madrugada da passada segunda-feira, no Chão da Parada, nas Caldas da Rainha. O homicida, de 38 anos, tentou suicidar-se de seguida e ficou em estado grave.
Casal parecia viver em felicidade

O casal, com três filhos menores, tinha aberto recentemente um negócio na área da restauração e parecia ser uma família feliz, e nada fazia prever o crime macabro que na madrugada de segunda-feira se verificou na residência onde moravam, na aldeia de Chão da Parada, nas Caldas da Rainha. Claude Inácio, de 38 anos, chegou a casa cerca das duas da manhã, pegou numa faca e degolou a mulher. Sandrina Inácio, de 37 anos, esvaiu-se em sangue até à morte. Ele usou a mesma arma para suicidar-se, com golpes no peito e pescoço, e ficou em estado grave.

“Deparei-me com um cenário horrível. Desentendimentos todos nós temos, mas assim não”, desabafou a irmã da vítima, Paula Cristina, que assegura que não havia historial de violência doméstica no casal, unidos pelo matrimónio há mais de dezena e meia de anos, fruto do qual tiveram três filhos, dois rapazes de dois e treze anos e uma rapariga de nove.

Os menores dormiam noutra divisão da casa e não se aperceberam de nada, uma vez que o crime ocorreu na sala, à entrada da habitação.

A família tenta perceber qual o motivo da discussão que terá culminado no assassinato da mulher, mas não chega a um consenso. A irmã acredita que “desentenderam-se devido ao negócio que abriram e que não estava a correr como pretendido” – um café-pastelaria em atividade desde outubro na cidade das Caldas da Rainha – mas a mãe da vítima, Maria do Rosário sustenta que “se tivessem problemas financeiros diziam e a minha filha contava-me que ainda dava para orientar a vida”.

“Era um casal amigo e ainda no domingo andavam aos beijinhos no café”, relatou. “Não consigo entender o que se passou”, disse, em lágrimas, descartando a possibilidade de um crime passional.

Familiares chocados e surpreendidos

Os familiares do casal estão chocados com o crime e dizem-se surpreendidos com o que aconteceu. Sandrina tinha estado no café a trabalhar e foi para casa fazer o jantar para os filhos. O marido foi quem fechou o estabelecimento, que tem horário até às duas da manhã mas foi encerrado um pouco mais cedo, e dirigiu-se para o lar.

Uma carta deixada pelo homicida poderá dar mais pistas sobre o que motivou o crime. O documento está na posse da Polícia Judiciária e o seu conteúdo ainda não tinha sido revelado à família na altura em que o cadáver foi levado para ser autopsiado.

“Eles tinham um relacionamento muito bom. É inacreditável. Isto não tem fundamento”, lamentou José Caetano, tio da vítima, que quando entrou na habitação e viu o rasto de sangue na sala ficou completamente transtornado.

Irmão do homicida deu alerta

A GNR foi alertada para o crime por um irmão do homicida, para quem este telefonou após ter assassinado a mulher a confessar o que tinha feito.

Claude Inácio foi assistido pelos bombeiros das Caldas da Rainha e transportado para a unidade hospitalar da cidade. Seria depois transferido de helicóptero para o hospital de Coimbra, em estado muito grave. O corpo da mulher foi levado numa ambulância dos bombeiros de Óbidos (específica para transporte de cadáveres) para o Gabinete Médico-Legal Forense do Oeste, em Torres Vedras, para ser autopsiado.

A mulher foi assassinada com vários golpes de faca no pescoço. A arma branca foi apreendida pela Polícia Judiciária, que esteve ainda de madrugada na casa a recolher vestígios.

Os três filhos menores do casal estão a receber apoio psicológico de uma equipa do INEM, que acordou as crianças e levou-as pelas traseiras para evitar que vissem o cenário macabro na sala. Encontram-se na casa dos avós, com quem se manterão nos próximos tempos. Os familiares poderão ficar com a guarda das crianças.

O café “Claude” (o mesmo nome do homicida) que exploravam na urbanização Cidade Nova, na cidade das Caldas da Rainha, ficou fechado. Um papel na porta dava conta de estar “encerrado por falecimento”.

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