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Centro Hospitalar do Oeste

Administração contrata ambulância para transportar grávidas se faltarem médicos

Francisco Gomes

EXCLUSIVO

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A falta de médicos obstetras no hospital das Caldas da Rainha leva a que as grávidas em situação de parto possam ter de ser transferidas para outras unidades de saúde. Para essa tarefa foi contratada uma ambulância medicalizada (que tem o que é necessário para prestar assistência médica) para estar sempre preparada para estas emergências.

O conselho de administração do Centro Hospitalar do Oeste (CHO) contratou os serviços de uma ambulância medicalizada, com dois técnicos de ambulância, com disponibilidade exclusiva e permanente à porta do hospital das Caldas da Rainha, para transferências urgentes de grávidas, caso haja falta de médicos obstetras nas alturas em que os partos estejam iminentes.

A medida visa responder às contingências da maternidade do CHO nas Caldas da Rainha, que por vezes tem levado ao encaminhamento das grávidas para outros hospitais, nomeadamente o Hospital de Santarém e o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

De acordo com a administração, “durante os períodos de contingência as grávidas que acorreram à unidade de Caldas da Rainha foram avaliadas no Serviço de Urgência Geral e, quando necessário, encaminhadas para outros hospitais, devidamente acompanhadas por um enfermeiro especialista de obstetrícia, em linha com as orientações da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Segundo o CHO, a maternidade “nunca esteve encerrada” e as mulheres que se encontravam internadas no Serviço de Obstetrícia contaram com apoio médico em regime de prevenção, e com a escala habitual de enfermagem. Relativamente à Urgência de Obstetrícia, já teve o seu acesso condicionado “devido à carência, há muito conhecida e sentida, de médicos obstetras, em todo o país, não sendo matéria exclusiva do CHO”.

A solução foi assim ter uma ambulância específica para o transporte das grávidas, se necessário, revelou a administração, que não autorizou a captação de imagens da viatura.

Para além disso, o conselho de administração “contratou uma segunda empresa de prestação de serviços, em acumulação com a já inicialmente contratada, como forma de encontrar soluções para completar as escalas de Obstetrícia”.

O Serviço de Obstetrícia dispõe atualmente de dez médicos obstetras. “Há, no entanto, médicos com idade para dispensa de trabalho noturno, assim como existe absentismo por maternidade ou outras razões. O CHO tem que recorrer com elevada frequência a prestadores externos (através de empresas prestadoras), nem sempre disponíveis. Para ser autossuficiente o Serviço deveria dispor de 21 médicos especialistas”, justificou a administração.

O CHO recordou que as causas desta situação “têm que ver com a carência de recursos humanos médicos na área de Obstetrícia, transversal a muitos hospitais do país”. Prevê-se que a situação seja colmatada, no futuro, “quando existir reforço do número de médicos obstetras”. “O CHO tem aberto repetidamente concursos para colocação de novos médicos especialistas de Obstetrícia. Durante o ano de 2016 e princípios de 2017 entraram três novos médicos. Aguardamos ainda da parte da tutela a abertura do procedimento concursal para a colocação de médicos da primeira fase de 2017”, adiantou.

Em 2016 foram realizados 1.378 partos no hospital das Caldas da Rainha, tendo sido atendidos 10.204 episódios na Urgência de Ginecologia/Obstetrícia. Este ano, até agosto tinha havido 817 partos e 6.604 episódios de urgência.

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