Diana Ferreira foi distinguida pela ‘Palliative Care Australia’ (a associação nacional de cuidados paliativos australiana), que premiou a inovação, trabalho de equipa e novos talentos no campo dos cuidados paliativos. A categoria em que foi galardoada destinava-se a jovens investigadores com menos de cinco anos de carreira, que mostrassem inovação, dinamismo e espirito de equipa.
Segundo descreveu ao JORNAL DAS CALDAS, “o trabalho que tenho vindo a desenvolver está integrado num ensaio clinico que avaliará a eficácia da morfina oral de libertação prolongada na dispneia (falta de ar) crónica resistente a outros tratamentos. Caso o fármaco se mostre eficaz, poderá vir a ser aprovado pela FDA (Food and Drug Administration, agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos) e estará disponível para muitos doentes que veem a sua vida afetada por este sintoma”.
O prémio consiste em 2000 dólares australianos para formação profissional.
A clínica é interna de Oncologia Médica no Instituto Português de Oncologia de Lisboa. “Em Portugal, ainda não existe uma especialidade médica de Cuidados Paliativos e portanto é muito importante que um oncologista esteja preparado para lidar com situações em que a cura já não é possível. Neste contexto, resolvi fazer um mestrado em Cuidados Paliativos na Universidade Católica Portuguesa em Lisboa”, explicou.
A conselho de um professor fez o seu estágio de mestrado em 2014 na Austrália, onde teve o primeiro contacto com o atual orientador, David Currow. “A verdade é que gostei tanto da experiência que em 2015 enviei um e-mail ao meu orientador e perguntei se podíamos pensar num doutoramento. Ele aceitou imediatamente e concorri a uma bolsa no estrangeiro da Fundação para a Ciência e Tecnologia, ganhei e comecei o meu doutoramento em Adelaide em fevereiro de 2016”, revelou Diana Ferreira.
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