O grupo quer ver construído um Centro de Interpretação para a Lagoa de Óbidos, que permita juntar várias áreas do conhecimento, levando o visitante a compreender a importância deste espaço lagunar.
“A Lagoa de Óbidos constitui-se como que um museu em si própria”, sustentou Ana Leal, presidente da organização cívica Conselho da Cidade, que candidatou a proposta ao Orçamento Participativo de âmbito nacional, com verbas do Orçamento de Estado. As pessoas podem decidir como investir três milhões de euros nas áreas da cultura, ciência, educação, agricultura, justiça, administração interna e formação de adultos.
O projeto para a Lagoa de Óbidos, orçado em 104 mil euros, passou à fase de votação pelos cidadãos nacionais e estrangeiros a residir legalmente em Portugal, que podem escolher as propostas da sua preferência até 10 de setembro.
Segundo a proposta, trata-se de criar uma infraestrutura que permita abordar, divulgar e estudar diversas áreas do conhecimento como a ecologia, biologia, história, sociologia e etnologia, desafiando, em simultâneo, os habitantes a partilhar os seus saberes, valores e experiências.
O centro interpretativo consiste assim “numa instalação de intervenção multidisciplinar, com uma vertente fortemente educativa, onde questões culturais, históricas e ambientais se cruzam com atividades humanas de agricultura, pesca e turismo”. Poderá afirmar-se como “um futuro pólo dinamizador da região, contribuindo para a sua divulgação e desenvolvimento sustentável”.
“Caso o nosso projeto seja um dos vencedores, a dotação orçamental referente ao mesmo será transferida para a área de competência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Pretende-se, contudo, que os proponentes possam ser chamados a contribuir ou participar na implementação dos projetos”, relatou Ana Leal.
O grupo irá estar a divulgar e angariar votos, no próximo sábado, entre as 10h30 e as 12h30, novamente na Rua das Montras e no Parque.
Francisco Gomes
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