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Socialistas caldenses criticam o projeto termal da atual autarquia

Mariana Martinho

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O projeto que pretende reabrir de forma faseada até 2019 as termas das Caldas, previsto pelo atual executivo, “não serve e não é sustentável”, considera a candidatura do PS à Câmara das Caldas, adiantando que “precisamos de ampliar o nosso projeto termal”. Na conferência sobre o papel do turismo e do termalismo, que decorreu na passada quinta-feira à noite, no auditório da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, alertou para a “falta de interação e divulgação” da Rota Bordaliana com outros municípios, e defendeu a revitalização das termas como “âncora de dinamização turística” na cidade.
Oradores da conferência sobre o papel do turismo e do termalismo

Perante uma plateia de cinquenta pessoas, Luís Patacho, candidato do PS à Câmara Municipal das Caldas da Rainha, começou por sublinhar que “o termalismo tem de ser uma forte componente da atividade turística das Caldas da Rainha”. Nesse sentido, o programa do PS para as próximas legislativas, no que diz respeito ao turismo, prevê medidas interligadas a outros setores, quer ao nível das infraestruturas, da requalificação ambiental e regeneração urbana.

O candidato do PS também alertou para necessidade de um plano de apoio ao turismo, com “forte incidência no termalismo, na saúde e no bem-estar”, e ainda apoiado por uma intermunicipalidade e interação entre os vários concelhos da região.

No seu entender, o projeto que a atual autarquia tem para o património termal “não basta e não é sustentável, pois o património está completamente obsoleto, e já não corresponde aos critérios de modernidade que os aquistas procuram”. Nesse sentido, Luís Patacho sublinhou que é preciso “planear antes dar os passos”, por isso, o partido aposta num projeto de expansão e viabilidade económica do património termal, criando assim uma nova unidade termal na cidade, e mantendo ao mesmo tempo a atividade hidrológica no Hospital Termal e no balneário novo.

Igualmente sustentou que é importante criar um plano de apoio ao termalismo, com ligação à regeneração urbana e à requalificação ambiental, e ainda criar um órgão consultivo que apresente ideias para o termalismo.

Outra questão que Luís Patacho abordou foi a “promoção do concelho aqui e além-fronteiras, que atualmente é muito incipiente”, adiantando que é preciso apostar em certames nacionais e internacionais, bem como numa forte presença ao nível das plataformas digitais. Também afirmou que é preciso criar eventos de massa, como o “Festival da Lagoa”, e ainda apostar na promoção dos existentes.

O socialista também frisou que é preciso apostar na complementaridade da oferta turística entre os concelhos vizinhos, criar uma rede de ciclovias, uma interna e uma intermunicipal e, sobretudo, dar continuidade ao projeto de modernização da Linha do Oeste. “É um problema que vem sucedendo mandato atrás de mandato, com um progressivo desinvestimento na linha”, salientou Luís Patacho.

Igualmente alertou para a necessidade de requalificar a parte ambiental da cidade, desassorear e despoluir a Lagoa, requalificar as estações de tratamento, promover o Paul de Tornada, regenerar o centro histórico, e estabelecer um programa de reabilitação de casas devolutas, bem como as entradas da cidade. Além disso, propôs que a rede de Expressos e a Rápida saiam do centro da cidade, parando num novo posto na zona da Expoeste, bem como protocolar com o Centro Hospitalar do Oeste a paragem dos autocarros de turismo pararem atrás do Chafariz das Cinco Bicas.

Termas das Caldas “têm tudo para serem uma âncora no turismo”

Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, elencou alguns dos programas e estratégias que têm sido desenvolvidos pelo atual governo, para que este setor continue a crescer como é o caso da “Estratégia Turismo 2027”, que tem como um dos objetivos duplicar, em dez anos, as receitas turísticas, passando dos 12,7 mil milhões de euros registados em 2016 para 26 mil milhões de euros, e aumentar o número de dormidas de 53,5 milhões em 2016 para 80 milhões.

Além disso, a medida tem como meta reduzir o índice de sazonalidade, que gera grande instabilidade de emprego, aumentar as habilitações dos profissionais do turismo, duplicando o nível de qualificações do ensino secundário e pós-secundário (de 30% para 60%), e assegurar que o turismo gera um impacto positivo nos territórios em que a atividade turística acontece. Mas para que isso seja realidade, Ana Mendes Godinho destacou algumas das prioridades, como apostar “fortemente nas infraestruturas aeroportuárias e nas rotas aéreas, “principalmente nas novas e nos mercados que gastam mais cá – americano, brasileiro e chinês”.

Outra das prioridades é a atratividade, “criando âncoras para que as pessoas venham cá”. Nesse sentido, a secretaria de Estado falou do Programa Revive, que tem como objetivo recuperar e valorizar vários edifícios do património cultural e histórico, e que engloba os Pavilhões do Parque D.Carlos I.

“Não podemos aceitar que o nosso património esteja ao abandono”, frisou a responsável, esclarecendo que neste momento o programa engloba uma lista de 33 edifícios espalhados por todo país. Também alertou para o programa Valorizar, que pretende apoiar o investimento em iniciativas e projetos com interesse para o turismo, que promovam a coesão económica e social do território, tendo como projetos prioritários as termas, a dinamização das termas e a criação de ciclovias.

No caso das termas, segundo Ana Mendes Godinho, “Portugal atualmente emprega duas mil pessoas e tem de receita treze milhões de euros”, o que significa que “temos um longo caminho a percorrer, com algumas termas a precisar de um investimento significativo e de uma nova dinâmica”.

“As termas das Caldas têm tudo para serem uma âncora de dinamização do turismo, do comércio e dos produtos associados as águas termais. Mas para isso é preciso trabalhar e garantir que há um projeto sustentável para o fazer”, apontou, acrescentando que também é preciso “criar mecanismos para promover os produtos fora do concelho”. Nesse sentido criticou a “falta de interação” da Rota Bordaliana com a fábrica Bordalo Pinheiro e outros municípios. “Não basta ter os recursos ou criar, temos que dar visibilidade”, frisou.

A secretária de Estado afirmou que de todos os programas mencionados, “Caldas não se candidatou a nenhum”.

Mariana Martinho

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