“Quando uma peça de roupa já não nos serve, saiu de moda ou se estragou, o que fazemos com ela? Pomo-la de lado, deitamos fora ou despachamos para parte incerta, sabendo de antemão que ninguém lhe vai dar uso. É um desperdício. E pode também ser uma oportunidade perdida para exercermos a nossa criatividade e recebermos uma chuva de elogios dos nossos amigos. É que essa peça velha ou indesejada pode renascer numa peça única, digna de ser usada com toda a vaidade e orgulho”, descreve Zélia Évora.
A autora do bestseller “A Terapia do Tricot” exemplifica: “A partir de umas calças de ganga condenadas ao lixo pode nascer uma minissaia ou um saco de causar inveja; de uma t-shirt antiga, um gorro de bebé a que nenhuma mãe ficará indiferente; de um casaco furado pelas traças, umas calças giríssimas para rapaz; de um vestido, uma túnica”.
Estas são algumas possibilidades que podem ser postas em práticas após leitura do novo livro de Zélia Évora. Nasceu no Canadá há 48 anos e faz tricot e costura desde os oito. Durante 24 anos trabalhou como administrativa, altura em que se estabeleceu por conta própria, fazendo chapéus e outros acessórios no seu ateliê nas Caldas da Rainha.
Em outubro de 2013, com Filipe Almeida Santos, criou o “Gang da Malha”, cujo objetivo era “assaltar” os cafés e outros espaços das Caldas da Rainha com pessoas que faziam tricot, tirando-as de casa para ocupar espaços públicos.
Em 2016, criou o projeto Re-Uz, no qual dá uma nova vida a roupas velhas.
Francisco Gomes
0 Comentários