O vereador do CDS na autarquia caldense, Rui Gonçalves, explicou que “as instalações onde este serviço funcionava deixaram de ter condições de salubridade aceitáveis”.
A anomalia que se registou deu-se ao nível do ar condicionado, que não tinha as revisões periódicas necessárias e não se trocavam os filtros há anos.
“Foi a atual legislação sobre as instalações que ditou a deslocação”, porque “obriga a que todos os gabinetes tenham janelas para a rua, permitindo uma melhor ventilação”. “Poucas são as instalações que cumprem este preceito pelo país fora mas prevaleceram as queixas das funcionárias relativas à falta de ventilação”, adiantou Rui Gonçalves.
O JORNAL DAS CALDAS apurou que algumas funcionárias já tinham manifestado indisposição, alegadamente causada pelo ar condicionado. A vereadora da saúde na Câmara das Caldas, Conceição Pereira, explicou na altura ao JORNAL DAS CALDAS que as instalações eram alugadas pela Segurança Social, não tendo a autarquia responsabilidade na matéria. De qualquer forma, a Segurança Social informou a Câmara sobre a situação.
Conceição Pereira confirmou que o problema estava relacionado com o ar condicionado, mas avançou que a Segurança Social estava à procura de um espaço alternativo nas Caldas da Rainha, que devia ter sala de espera confortável, zona de fácil estacionamento de ambulâncias, entre outras condições. Garantiu também que, apesar de ser “um incómodo” a deslocação dos doentes de vários municípios (Peniche, Bombarral, Óbidos e Caldas) até Alcobaça, “não é uma situação definitiva, apenas uma solução provisória”.
Contudo, passado quase um ano, continua afixado um aviso que dá conta de que as instalações se encontram “encerradas temporariamente”, comunicando apenas que para qualquer informação os interessados se devem dirigir ao Serviço de Atendimento da Segurança Social das Caldas da Rainha, na Rua António Sérgio, nas traseiras do tribunal.
“Mais um serviço perdido, a prejudicar gravemente as camadas mais necessitadas e debilitadas da população, como os doentes, que passaram a ter que se deslocar para Alcobaça, sempre que tiverem que ver avaliadas as respetivas “baixas” médicas. Isto não é só um incómodo, é uma despesa, é a população que fica prejudicada, é o concelho que mais uma vez perde”, manifestou Rui Gonçalves.
“Curiosamente o espaço que existia nas Caldas da Rainha (central para todos) tinha mais condições físicas, que a situação atual em Alcobaça. Até as instalações sanitárias no edifício nas Caldas da Rainha era recente e estava preparado para deficientes, o que não sucede nas instalações em Alcobaça. Será que nas Caldas (ou Óbidos) não há um espaço que permita a utilização para este fim?”, comentou Sandra Duarte, uma utente.
Francisco Gomes
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