O tamanho, o peso e o material da mochila são fatores a ter em conta no momento da compra, para assegurar o bem-estar da criança e prevenir as dores na coluna provocadas, muitas vezes, pelo peso exagerado e má utilização da mochila escolar. Segundo o coordenador da campanha Olhe pelas Suas Costas, o neurocirurgião Paulo Pereira, “escolher uma mochila com base nos “bonecos” que as crianças mais gostam ou nas tendências da moda” pode significar uma má escolha.”
Para ajudar os pais e as crianças a fazer a escolha certa da mochila escolar para o próximo ano letivo, minimizar os riscos para a coluna vertebral no seu transporte diário, a campanha deixa algumas recomendações: A mochila deve ter duas alças largas bem acolchoadas. O peso da mochila, já com os livros e material, não deve ultrapassar 10% do peso corporal da criança/jovem. A mochila deve ser utilizada de forma simétrica nos dois ombros e deve ficar centrada a meio da coluna (alargar o comprimento da alça para retirar a mochila mais facilmente não é aconselhado).
É aconselhável que o material mais pesado seja colocado junto ao corpo para evitar alterações na postura. Especialmente em mochilas com bolsas laterais, o peso do conteúdo deve ser distribuído de forma simétrica
Se o percurso até à escola for longo e sem escadas, os responsáveis pela campanha recomendam uma mochila com rodas para diminuir o esforço. Noutros casos não é tão aconselhada.
Alertam ainda para que a mochila “contenha apenas o material necessário para o dia em questão”.
“Para além destes aspetos inerentes à escolha da mochila escolar, que são muitas vezes ignorados, o aumento progressivo do peso do material escolar a que temos assistido nos últimos anos é uma situação preocupante e que deve ser combatida por todos, a começar pelos pais e pelos educadores em prol da saúde das gerações mais jovens”, acrescenta o coordenador da campanha.
A campanha Olhe pelas Suas Costas visa sensibilizar a população em geral para as dores nas costas, alertar para as suas consequências na vida pessoal e profissional dos portugueses, e educar sobre as formas de prevenção e tratamento existentes.
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