A oportunidade surgiu pelo fato da artista das Caldas da Rainha, de 26 anos, integrar o Centre de Perfeccionament Placido Domingo, em Valência, Espanha, que frequenta desde setembro do ano passado, após ser única portuguesa admitida nas audições em que participaram candidatos de mais de três dezenas de países.
No âmbito das comemorações dos oitenta anos da Rádio Renascença, este concerto teve ainda a participação especial da fadista Katia Guerreiro, de Davinia Rodriguez, uma soprano de renome no panorama do canto lírico internacional, que atuou pela primeira vez em Portugal, e da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, de 65 elementos, num espetáculo com duas partes distintas. Na primeira, totalmente dedicada à ópera, foram interpretadas várias árias de óperas famosas, nomeadamente de Verdi, como foram o caso de “Macbeth”, “Don Carlo” e “La Traviata”, ou “A Flauta Mágica” de Mozart.
A caldense, fluente em várias línguas, subiu ao palco na primeira parte do concerto para cantar “Der Hölle Rache” (Rainha da Noite), de “A Flauta Mágica”. Na segunda vez foi cantar o dueto “Sull’aria” e “Non ti scordar di me” com Placido Domingo.
O tenor também surpreendeu com alguns temas portugueses. É um dos melhores e mais influentes cantores de ópera da história mundial, já premiado com doze Grammys Awards.
Como o JORNAL DAS CALDAS noticiou, Rita Marques havia manifestado antes do concerto ir cumprir “um sonho” para o qual não tinha palavras para descrever o que sentia, confessando ser uma “felicidade”.
Nascida a 16 de julho de 1990, quando era criança, a caldense participou em vários festivais da canção infantojuvenis. Entrou em coros em Óbidos e aprendeu canto clássico. Ingressou depois no Conservatório Nacional, no Coro Gulbenkian e numa rede europeia de academias de ópera. Acabou por tirar a licenciatura na Escola Superior de Música. Já participou em alguns concertos, inclusive a solo.
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