A organização ainda chegou a tentar contabilizar as entradas, o que se revelou impossível sobretudo na noite de sábado, em que se registou o maior pico de visitantes. Carlos Rodrigo, presidente da ACCPSLO, confirmou que “mais uma vez, a vertente de competição foi uma aposta ganha”, provocando um crescimento “organizacional e de qualidade” que se refletiu num aumento de visitantes, que rondaram os 100 mil. Agora vem o trabalho de limpeza, sendo garantido que “o Parque vai ficar como estava”.
Na noite de sábado uma multidão rodeou o picadeiro Oeste Lusitano (no largo por cima dos campos de ténis), aguardando ansiosamente pelo espetáculo equestre que trouxe momentos de coreografia que juntaram cavalos com dança, luz e música. Um dos pontos altos foi o fadista Nuno da Câmara Pereira, que apresentou pela primeira vez quatro temas do seu novo disco Belmonte “Encantos Mil”.
Em declarações ao JORNAL DAS CALDAS, Nuno da Câmara Pereira disse que é um disco dedicado ao mar, todo gravado no Brasil (Salvador da Bahia) com músicos brasileiros e portugueses.
Para o fadista faz todo o sentido lançar alguns temas do seu mais recente trabalho no Festival Oeste Lusitano porque o fado, além de estar “na moda é tradicional, muito ligado ao cavalo, ao toiro e aos usos e costumes da nossa terra”. “Aproximarmos música desta genuína arte marialva a esta iniciativa é extraordinário”, sublinhou.
Mais de 140 conjuntos em 15 provas hípicas
A parada transformou-se no picadeiro pelo segundo ano consecutivo. Aqui decorreram as provas hípicas organizadas pela Green Horse, que contaram com muito público a encher as bancadas nos dois dias de competição.?No total realizaram-se cerca de quinze provas nacionais e regionais, em que participaram 140 conjuntos (cavalo e cavaleiro) e 150 cavalos.
As provas são uma grande atração deste evento e este ano “temos melhores condições”, disse Eduardo Oliveira, da Green Horse. No entanto, afirmou que estão limitados a uma pista de 60 por 40 metros e se “nos permitirem outras condições poderemos ter mais participações e fazer provas mais importantes. Com este picadeiro atingimos o limite”, acrescentou o responsável pela organização das provas.
A feira está integrada desde o ano passado no calendário nacional de competições. “Já estamos a chegar ao momento em que o Oeste Lusitano está sempre cheio e já é difícil ser melhor do que nos outros anos”, destacou o responsável. Também salientou que houve uma “grande moldura humana” que circulou pelas dezenas de atividades diárias espalhadas pelo recinto e pelo programa de animação noturna.
“Este ano notou-se que as pessoas vinham antes da hora do espetáculo tentar reservar o seu lugar”, frisou Carlos Rodrigo, explicando que “o espetáculo equestre e o concerto com Nuno da Câmara Pereira juntou centenas de pessoas à volta do picadeiro Oeste Lusitano”. Aliás, afirmou que “tive o cuidado de circular pelos expositores que transmitiram um feedback muito positivo, em que tivemos mais pessoas a circular do que o ano anterior”.
Relativamente à falha de luz que houve antes da realização da passagem de modelos da WeMendes, na passada sexta-feira à noite, Carlos Rodrigo explicou que “por uma questão de gestão da energia, optámos por desligar alguns segmentos para garantir a continuidade e o sucesso do espetáculo”.
O certame, que arrancou na primeira edição com um apoio camarário de 12.500 euros, movimentou este ano um orçamento total de 235 mil euros, dos quais a autarquia comparticipou 95 mil euros.
Na inauguração do VI Festival Oeste Lusitano, que decorreu na sexta-feira à tarde, Tinta Ferreira destacou que o evento tem vindo a evoluir. “O apoio do Município tem vindo a aumentar para que se criem as condições para que a feira atinja cada vez o melhor o resultado e chegue mais longe e assim proporcionar ao caldenses e a quem nos visita mais uma semana extraordinária num ambiente fantástico”.
O autarca salientou o regresso das provas de hipismo e os saltos às Caldas, no retomar de uma tradição antiga.“Já há muitos anos havia uma tradição de concursos hípicos oficiais nas Caldas da Rainha, que chegaram a ter uma projeção enorme a nível nacional”, recordou, destacando as provas que já fazem parte pelo segundo ano consecutivo da programação do certame.
Largadas de touros poderão retornar ao Parque?
A sexta edição do Oeste Lusitano também ficou marcada pela passagem das largadas de touros para a Praça de Touros com entrada gratuita. Apesar de ter tido “bastantes pessoas, aproximadamente 700 na sexta e muitas mais no sábado”, Carlos Rodrigo declarou que “existem muitas pessoas que têm saudades das largadas de touros no Parque D. Carlos I”.
“Não estou a dizer que se irá fazer, mas é uma grande mais-valia em termos de público para o parque”, manifestou. Aliás, afirmou que “há uma parte que não tem ligação com as restantes, notando-se que houve ali uma fenda na parte superior do Parque”, que durante os dois anos em que houve as largadas de touros estava “sempre cheio de pessoas”.
Questionado sobre a possibilidade das largadas voltarem ao Parque, Carlos Rodrigo garantiu que “vamos ponderar vários cenários para uma eventual hipótese”.
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