“É um torneio com 16 equipas, que estão já confirmadas e que se mostram entusiasmadas em participar”, começou por anunciar Jorge Sousa, responsável pela equipa de veteranos do SCC.

Nunca tinha havido tantos participantes e até “se tivéssemos outro pavilhão e se já fossemos profissionais na organização se calhar tínhamos conseguido outras tantas equipas, porque houve responsáveis de várias equipas que ficaram tristes porque já não havia lugar”, comentou.

O 1º torneio realizado pelos veteranos do SCC foi em dezembro de 2015. “Foi espetacular, teve uma grande adesão e conseguimos ao mesmo tempo que fosse internacional, porque trouxemos uma equipa da Suíça”, referiu Jorge Sousa. Nessa altura o evento contou com outras cinco equipas.

“Em maio do ano transato realizámos o segundo torneio e trouxemos uma equipa dos Açores – o Santa Cruz, da Ilha Graciosa”, indicou, revelando que “em dezembro do ano passado fizemos o quarto torneio com dez equipas”.

“Temos conseguido levar a água ao nosso moinho. Cada vez temos mais ex-jogadores do nosso clube e outros com mais de 35 anos a juntarem-se às quartas e sextas-feiras, a partir das 21h30, no nosso pavilhão-sede, na Encosta do Sol”, descreveu Jorge Sousa, recordando que os veteranos do SCC surgiram há doze anos com um grupo de ex-praticantes de voleibol e com alguns pais de atletas das camadas jovens, que através do gosto pela modalidade e do espírito de camaradagem se juntaram, embora o grupo só formalmente exista há dois anos.

Mário Pedro, da equipa caldense, agradeceu aos alunos de uma turma de desporto da Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro que vão ajudar na realização do torneio, apoiando na parte logística.

Catarina Teles, presidente da Associação de Voleibol de Leiria, afirmou que “é de louvar um evento desta dimensão. São muitas equipas e atletas que vêm jogar voleibol. A associação só tem a ganhar com isto, porque mostramos que o voleibol está vivo na nossa região e isso é importante, sem negligenciarmos a formação”.

Segundo a responsável, “muitas vezes aos atletas falta-lhes um clique, que se calhar até se pode dar ao verem atletas mais experientes a jogar voleibol e a quererem segui-los”.

“A nível dos veteranos e dos seniores nunca se fez nada disto no distrito. Arranjar tanta gente para vir jogar não é nada fácil”, sublinhou.

No distrito existem atualmente três equipas de veteranos – o SCC, o Sport Operário Marinhense e o Grupo Desportivo de Martingança. “Há uma equipa que está em fase inicial de formação, que é da União Recreativa Mirense, de Mira d’Aire”, indicou Catarina Teles.

O SCC tem vindo a realizar desde a época 2015/2016 um mini campeonato regional, primeiro só com a participação da equipa da Marinha Grande e nesta época juntando também Martingança e um participante do distrito de Lisboa – o Clube Atlético do Cadaval. Para a época 2017/2018 está prevista a participação de mais uma ou duas equipas.

“Não tenho dúvidas de que é o melhor torneio”

Ricardo Madruga, presidente do SCC, estava satisfeito com a realização do evento. “Queria sublinhar o espírito que existe neste grupo, que há dois anos, quando surgiu, tinha uma expressão menor. Agradeço a grande dinâmica do Jorge Sousa na constituição e angariação de novos elementos para o grupo, e à ajuda também preponderante de Sérgio Oliveira, Mário Pedro e Nuno Teles, e a todos os atletas e amantes da modalidade”, declarou.

“A filosofia do SCC nas modalidades que pratica é “dos 8 aos 80”, e deixo um especial agradecimento ao atleta ‘mais jovem’, Fernando Santa-Bárbara [73 anos], que é um exemplo de que o desporto não tem idades”, afirmou.

O presidente do clube agradeceu a esta seção de voleibol de veteranos “o trabalho que tem feito e toda a dinâmica e elevação que tem dado ao SCC por Portugal fora”, sustentando que “todas as equipas querem vir, não tenho dúvidas, ao melhor torneio de veteranos do país”.

O dirigente anunciou ainda a realização do 2º Torneio de Voleibol das Termas em meados de outubro, ligado à equipa sénior e à pré-época (no ano passado contou com o Benfica, o Esmoriz e o Leixões), admitindo que o nível de responsabilidade aumentou com a fasquia alta colocada pelo torneio dos veteranos, que é “uma organização amadora mas com espírito profissional”.

Alberto Pereira, vereador do pelouro do desporto da Câmara Municipal das Caldas da Rainha, congratulou-se com a realização do torneio dos veteranos, que considerou “bastante importante no panorama desportivo caldense”.

Pediu empenho à equipa caldense para ganhar o torneio, mas considerou que os seus elementos “já são os primeiros, porque este esforço organizativo conduz-vos a um patamar bastante alto que não está ao alcance de todos”.

“A dinâmica que o SCC tem tido ao longo dos anos no voleibol e não só apraz-nos registar, engrandece o nosso concelho e leva o nome da cidade a todo o país”, manifestou.

“A presença de 16 equipas é de salientar. Quem sabe em próximas edições não poderemos vir a ter ainda mais participações”, comentou Alberto Pereira.

Vão participar neste torneio, para além do clube anfitrião, o Sport Operário Marinhense (Marinha Grande), Clube Atlético do Cadaval, Associação Recreativa do Canidelo (Porto), Volleboys Castelo da Maia, Ginásio Clube Esmoriz, Associação Desportiva S. Francisco (Faro), Académica S. Mamede (Porto), Sociedade Recreativa e União Pragalense (Pragal), Frei Gil Voleibol Clube (Oliveira do Bairro), Clube de Voleibol de Oeiras, Lisbon Crows, Clube Voleibol Peso da Régua, NL Energia (Lisboa), Clube de Voleibol de Lisboa e Leixões Sport Clube.

À procura do 1º lugar

No primeiro torneio o SCC ficou em quarto lugar. No segundo ficou na terceira posição e no terceiro no segundo

posto. “No quarto torneio estamos esperançados em conseguir uma grande classificação”, manifestou Jorge Sousa.

Nesta conferência de imprensa foram divulgados os moldes do torneio e efetuado o sorteio inicial dos quatro grupos de quatro equipas que existirão no evento.

Requalificação de pavilhão e escola

O vereador do desporto aproveitou para anunciar que o pavilhão Raúl Jardim Graça, utilizado para treinos do SCC e que também é usado por alunos da escola da Encosta do Sol e do agrupamento escolar onde está inserido, será requalificado, tal como o próprio estabelecimento de ensino, que sofrerá uma intervenção mais profunda.

“O valor de obra ainda não está definido mas poderá atingir os 850 mil euros. O projeto está em execução e deverá estar pronto dentro de um mês. Será candidatado a fundos comunitários. Pensa-se que as obras deverão ser realizadas dentro de um ano, durante o período não letivo, mas acabará por implicar a recolocação dos alunos na fase da obra na escola”, disse Alberto Pereira ao JORNAL DAS CALDAS.

No pavilhão será feita a revisão da cobertura e substituídas caleiras e torneiras das casas de banho, haverá adaptação de uma das casas de banho para pessoas com mobilidade reduzida, e proceder-se-á à requalificação do piso de madeira, que será preservado.

Das oito salas existentes na escola, quatro no primeiro piso vão ficar com o 1º ciclo e o rés-de-chão será destinado ao pré-escolar e prolongamento de horários, e duas salas serão transformadas em refeitório e cozinha. O recreio nas traseiras vai também ser intervencionado e haverá um sistema inovador de saída das salas de aula diretamente para o recreio.

O edifício da biblioteca vai manter-se e terá sala de atividades e da direção. Quanto à frente da escola, a rotunda em meia-lua vai ser alterada para impedir a circulação dos carros junto ao muro do estabelecimento, mas será garantido um estacionamento paralelo ao passeio para os encarregados de educação deixarem e irem buscar as crianças.