“Tentámos dar um novo ar a algo que já era nosso muito antigo, embora estivesse bastante ultrapassado. A Quinta vem do nosso bisavô e temos cepas com mais de 100 anos, no entanto, nenhum de nós seguiu vida disto. A partir de 2014 decidimos avançar com o projeto, apresentámos candidatura e a partir do ano passado a dedicação passou a ser total”, disse Tomás Emídio, gerente da Quinta Várzea da Pedra, acrescentando que “requalificámos o espaço e as vinhas e profissionalizámos os processos e as pessoas e decidimos iniciar a comercialização”.
O processo de vinificação é simples. “A vindima é feita à mão, existe um enorme rigor na seleção de uvas e depois na adega procuramos não alterar muito o vinho”, indicou.
Neste momento a empresa possui oito hectares em produção, no entanto, em breve ficará com 17 hectares. “A intenção é passar de castas de quantidade para castas de qualidade, aproveitando o tipo de terreno que possuímos”. Fernão Pires e Arinto nos brancos e Touriga Nacional e Syrah nos tintos são os vinhos que estão no mercado.
A Quinta Várzea da Pedra teve uma produção no ano passado de 60 mil litros e este ano 50 mil litros.
“Produzimos 14300 garrafas de branco e este ano vamos engarrafar 7200 litros de tinto, tendo sempre em conta o fator qualidade”, referiu Tomás Emídio.
Em termos de mercado neste primeiro ano a grande aposta vai para a região onde estão inseridos, não esquecendo os importantes mercados de Lisboa, Algarve e Douro. “Embora já existam contactos ainda não é nossa intenção apostar na exportação”, revelou. A aceitação dos vinhos da Quinta Várzea da Pedra tem sido surpreendente. ” É sempre curioso quando fazemos algo que as pessoas ingerem e vemos que a aceitação é positiva. Isto dá-nos uma maior responsabilidade no fabrico”, relatou o empresário. Prova disso é o facto desta empresa, com pouco tempo de laboração, ter enviado os seus vinhos para o concurso de Londres, o qual é um dos mais conceituados do mundo e “conseguimos medalhar três dos quatro vinhos que estiveram a concurso com bronze, prata e recomendação”.
0 Comentários