Cominformação essencial para quem escolhe a cidade das Caldas da Rainha para visitar, o roteiro apresenta quatro Rotas que propõem um variado leque de ofertas, interligando entre si as artes, as novas expressões criativas, passando pelas belezas naturais, pela história e pela oferta comercial e industrial.
A sessão, que assinalou igualmente o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, contou com a presença dos autarcas e cerca de 60 pessoas em representação de várias instituições, empresas e escolas do concelho.
Trata-se de um guia que procurasintetizara informação essencial para quem, quer conhecer a cidade termal (último quartel do século XIX).
A primeira Rota apresentada no livro é a verde e inicia com os produtos da praça, muitos deles originários da agricultura da região, seguido do património associado ao termalismo: o Parque D. Carlos I e a Mata. A Rota Amarelo-Mel privilegia o património mais antigo, os sinais mais recuados das “temporalidades urbanas que nos antecederam”.
A Rota Vermelho – Cereja reforça e amplia o corredor criativo da rota verde-caldas. A última Rota apresentada na obra é a Azul-Cobalto, com informação sobre a gastronomia da região (bivalves, enguias da Lagoa de Óbidos) e com a proposta para a visita ao Mercado de Santana, Foz do Arelho, Lagoa, Óbidos e Baía de S. Martinho do Porto.
Neste trabalho os leitores podem ainda descobrir a gastronomia e os sabores típicos da região, as suas tradições e os espaços únicos que marcaram a cidade como a Praça da Fruta.
Nesta primeira fase, o roteiro conta com 10 mil exemplares em português. Brevemente será disponibilizado em inglês. O roteiro tem o custo de um euro e está disponível no posto de turismo das Caldas e colocado à disposição nos hotéis.
A publicação contempla o Mapa das Caldas da Rainha, além de conter também contatos úteis.
“Faltava vitalidade”
A jornalista Maria João Avillez que tem este concelho como segunda morada iniciou a sua intervenção referindo que “Caldas da Rainha andavam cabisbaixas e não era só eu que achava. Faltava vitalidade, visão e até um pouco de velocidade”.
Para a jornalista, Caldas “deixara de ser a cidade “eufórica” como João Serra nos lembra que foi, visitada e procurada pelo melhor de Portugal. Foi como se a cidade tivesse desistido de si própria, esquecido o seu tão interessante passado, deitado fora os seus pergaminhos”.
Este livro, sublinhou Maria João Avillez, “não só nos reconcilia com a cidade como ela é, como nela nos reintegra, voltando a fazer de nós admiradores, seus fiéis, mas sobretudo seus indispensáveis parceiros”.
A jornalista falou em seguida de momentos chave da história caldense, destacando o novo livro que “propõe quatro passeios que são quatro lições de história”.
João Serra agradeceu ao fotógrafo João Martins Pereira, cuja integração neste projeto foi decisiva, dado que “raramente texto e fotografia terão logrado uma tal proximidade, uma quase fusão”.
“Há uma grande diversidade e riqueza simbólica na cidade. As suas praças, ruas, edifícios exibem os sinais da passagem do tempo”, adiantou o autor, que dedicou este trabalho aos seus netos (uma geração de caldenses que já nasceu neste século XXI).
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, sublinhou que este livro “é um verdadeiro up-grade aos cadernos de história e cultura editados em1997, também de autoria João Serra, que foram muitos úteis a quem quis conhecer a cidade”.
Para o autarca, as rotas hoje são elementos muito importantes para uma cidade que se pretende visitar.
Esta nova publicação “vai servir mais vinte anos”. “Apesar de haver hoje outros meios e elementos de divulgação de uma comunidade através dos meios digitais, um livro é sempre um livro”, acrescentou.
O presidente destacou também o fato dos autores terem feito este projeto de forma voluntária. “Foi um ato de cidadania que é fundamental numa comunidade”, referiu.
0 Comentários