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Combatentes no Ultramar recebem medalha do Exército

Francisco Gomes

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A Escola de Sargentos do Exército (ESE), nas Caldas da Rainha, foi palco, no passado dia 19, de uma cerimónia de entrega de medalhas a ex-militares que participaram nas campanhas em África nos anos 60 e 70 do século passado. Estiveram presentes na cerimónia 17 antigos combatentes no Ultramar, que ouviram o comandante da ESE, coronel Lino Gonçalves, manifestar tratar-se de “um tributo merecido que prestamos a camaradas que serviram a pátria”.
Ex-militares condecorados

De acordo com o responsável, por despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército foi determinado que as condecorações devem ser entregues numa cerimónia, o que tem vindo a acontecer nos últimos anos. Desta vez os ex-combatentes eram oriundos de Caldas da Rainha, Alcobaça e Rio Maior.

A cerimónia constituiu assim “uma lição profissional e de vida, e uma passagem de testemunho às gerações mais novas, a quem hoje cabe defender a pátria e lutar pela sua liberdade e independência”, em especial ao 45º Curso de Formação de Sargentos do Quadro Permanente e também ao 1º Curso de Formação de Sargentos em Regime de Voluntariado e de Contrato 2017, cujos alunos vão jurar bandeira no dia 5 de maio.

Lino Gonçalves afirmou que os homenageados “abdicaram do conforto dos seus lares e da companhia dos entes queridos para servir a pátria que juraram defender mesmo com o sacrifício da própria vida”. A medalha certifica o “muito apreço do Exército pelo seu contributo às campanhas levadas a cabo pelas Forças Armadas”.

As condecorações foram entregues pelo comandante da ESE, pelo segundo comandante, tenente-coronel Justino Barbosa, pelos responsáveis dos núcleos da Liga dos Combatentes presentes (presidente nas Caldas da Rainha, major na reserva Afonso Maia Alves, vice-presidente em Alcobaça, major Mário Marques, e presidente em Rio Maior, sargento-ajudante na reserva, José Carlos Santos).

O evento iniciou-se com uma cerimónia de boas vindas, no auditório da ESE, seguindo-se uma visita às instalações, missa na capela, entrega das condecorações com desfile das forças em parada, terminando com um almoço convívio.

Condecorados:

Furriel miliciano Jorge da Conceição Feliciano, Guiné 1966-68

Furriel miliciano João José Trindade Zeferino, Guiné 1970-71

Furriel miliciano Carlos Feliciano Marques, Angola 1970-72

Furriel miliciano Antero Queirós Capelo, Angola 1972-74

1º cabo José Faustino Lorvão, Angola 1961-63

1º cabo Armando Figueiredo Narciso, Angola 1967-69

1º cabo Emídio Casimiro Lucas, Guiné 1972-74

1º cabo Fernando Duarte Rodrigues Valadas, Angola 1972-74

Soldado Silvino Coelho Bajouco, Angola 1960-62

Soldado Artur dos Santos Ribeiro, Angola 1961-63

Soldado Luís Conceição Piedade, Guiné 1964-66

Soldado Albino dos Santos Valentim, Angola 1965-67

Soldado José Fernando dos Santos Sousa, Guiné1966-68

Soldado Manuel Delgado da Silva, Angola 1968-70

Soldado Joaquim dos Santos Costa, Angola 1969-71

Soldado Joaquim Elias Trindade Batista, Guiné 1970-72

Soldado António Tiago Gomes Batista, Angola 1970-72

Emídio Casimiro Lucas, 65 anos, Guiné 1972-74

Foi vendedor da Frami, nas Caldas da Rainha

“Morreram cinco pessoas na minha companhia”

Estávamos numa zona bastante operacional no norte da Guiné, que fazia fronteira com o Senegal e onde os grupos entravam e a guerra estava bastante quente.

Eu fazia parte da formação. Morreram cinco pessoas na minha companhia em emboscadas

Recebo esta medalha com emoção. Toca-nos, ficamos sensibilizados com esta condecoração e é um momento de alegria.

Joaquim Elias Batista, 68 anos, Guiné 1970-72

É de Acipreste, Alcobaça, e foi agente numa empresa de segurança

“Sinto-me muito orgulhoso em receber esta medalha”

O quartel em Bula foi atingido por obuses. Quando éramos atacados pensávamos duas vezes na vida.

Sinto-me muito orgulhoso em receber esta medalha. É justo, apesar de tantos anos é sempre bem vindo, mas não estava à espera.

Manuel Delgado da Silva, 68 anos, Angola 1968-70,

É de Alcobaça, foi padeiro e motorista de pesados”

“Fomos esquecidos durante alguns anos”

“Sinto-me honrado porque é um reconhecimento do Estado, depois de alguns anos em que fomos esquecidos.

Não tive sobressaltos em São Salvador do Congo. Era atirador mas depois fui padeiro da companhia.

Tivemos duas baixas mas por acidente no rio e outro por falta de assistência médica devido a doença

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