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Crónica

Casal caldense viaja pelo mundo

Joana Oliveira e Tiago Fidalgo

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“Aloha” águas azuis turquesa cristalinas, oito ilhas, hula-hula, sorrisos e calor: e são estas as palavras que talvez melhor descrevem o Havai! Voámos de noite e depressa nos habituámos às vinte e duas horas de diferença horária. E depois de resolvidos pequenos grandes problemas burocráticos perante a imigração em Oahu (e sobre isso escreveremos no blogue), lá conseguimos finalmente entrar e fazer-nos à estrada.
Praia de Waimanalo, na ilha de Oahu, no Havai

O calor sente-se à chegada e o clima relaxado também. Cumprimentam-se todos entre si com ”aloha” e logo percebemos que este é muito mais que um “olá” ou um “adeus”. Faz parte de tradições enraizadas e traduz um estado de espírito profundo! Antigamente, “aloha” era uma demonstração de afeto e hoje diz muito da cultura havaiana: amizade, hospitalidade e cordialidade.

Também resistente é a hula-hula, sendo esta muito mais que uma simples dança! É igualmente baseada em tradições e religiões ancestrais e os seus cantos e ritmos fazem alusão ao contacto com a natureza. Hoje em dia está muito banalizada e por vezes exclusivamente dirigida a turistas. Contudo, tem uma história vincada e fins espirituais.

A espiritualidade está também presente nos colares de flores que mesmo em terras lusas associamos ao Havai. Estes têm muita importância, embora hoje em dia estejam muitos comercializados! Há diferentes colares, para diferentes fins com diferentes significados, mas todos eles especiais. O mais básico é utilizado como acessório, por ser bonito ou cheirar bem. Logo depois pode ser entregue como sinal de boas-vindas ou reconhecimento, uma vez mais com conexões espirituais. Ao mesmo tempo, existem também outro tipo de adornos florais para a cabeça ou pés e muitos destes permitem distinguir diferentes classes sociais ou personalidades relevantes. E assim se percebe a profundidade da história havaiana, que é muito mais que praias paradisíacas – onde claro, nos deixámos deslumbrar e encantar!

Recuando no tempo, pudemos descobrir através de locais que quando ainda estas ilhas eram habitadas apenas por polinésios, numa república feliz, se deu a invasão americana. A rainha, pacifista, foi trancada no castelo no seu quarto e o Havai conquistado. Dizem que portugueses e espanhóis também cá andaram, em forma de exploração. Muitos foram aqueles que se revoltaram perante esta invasão, mas foi a rainha quem sempre lhes pediu para que não criassem qualquer guerra, acreditando sempre que o que os Estados Unidos estariam a fazer seria ilegal e revisto. Mas até hoje, nunca aconteceu. Assim, há movimentos atuais contra-americanos e há quem queria lutar (e lute) pela independência do Havai.

Conseguimos desta forma emaranhar-nos em muito mais que areias brancas e águas transparentes, com a certeza porém de que toda a ilha de Oahu é uma verdadeira mística. Conhecemos-lhe o passado e o presente, as maiores ruas e os menores caminhos, as mais profundas tradições e os mais pequenos hábitos. Vimos centenas de sem-abrigo e outros tantos asiáticos, e percebemos a dimensão multicultural existente. E tudo isto, decerto, faz do Havai um lugar tão especial!

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