Em comunicado, a direção da Chapecoense manifestou “profundo pesar” pelos cânticos entoados pela claque portista, que entende conterem uma “referência ofensiva” ao acidente do voo fatal para a equipa brasileira em novembro do ano passado, havendo “desrespeito à memória dos mortos”.
O clube considera que os cânticos são “agressivos” e “não são próprios de pessoas de bem e do meio desportivo, que deve ser de respeito ao adversário e não de propagação de ódio”.
“No futebol, como em qualquer disputa no campo desportivo, deve-se sobrepor o primado da ética e da solidariedade humanas”, sustentou a direção da Chapecoense, que apela aos clubes portugueses e de todo o mundo para disseminarem “respeito e concórdia” nas relações desportivas.
Nilo Traesel foi presidente da Chapecoense em 1995/96. Vive nas Caldas da Rainha e confessou-se triste com o episódio dos Super Dragões, contando que os dirigentes brasileiros estão tristes e magoados com este episódio.
“Todo o Brasil está triste, principalmente os adeptos da Chapecoense, que ao invés de receberem um apoio nunca esperavam receber uma notícia destas. Evidentemente que chocou e reabriu a ferida. O incentivo à violência que foi feito é muito lamentável. Todas pessoas a nível mundial devem repudiar esta situação”, declarou.
O ex-presidente da Chapecoense explicou que o clube, na sua reação, pretende levar os agentes desportivos a refletirem sobre as suas posturas.
“A posição da Chapecoense é emitir uma nota a nível internacional para que o mundo desportivo saiba que o caminho não é esse. Nunca tentar que a tragédia caia sobre outros clubes. As pessoas ainda se lembram do sentimento por que o clube passou e não gostariam que nem Porto, Benfica ou Sporting passassem novamente
por esta situação.
A direção do Porto pediu desculpas à Chapecoense.
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