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Negócios que resistem nos pequenos centros comerciais da cidade

Mariana Martinho

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Corredores vazios, com lojas fechadas à espera de novos negócios é o cenário de alguns pequenos centros comerciais de Caldas da Rainha, que em tempos foram espaços de referência e de destino de muitos consumidores, e que atualmente lutam para sobreviver à concorrência feroz das grandes superfícies comerciais, às rendas altas e à falta de divulgação dos espaços. Contudo, muitas lojas dos dez centros comerciais e galerias da cidade ainda resistem e procuram modernizar-se, tentando arranjar estratégias para captar a atenção dos consumidores, ao mesmo tempo que outros apostam em abrir novos negócios. Porém, outras continuam vazias.
1- Centro Comercial Rua das Montras

Inaugurado há 31 anos, o Centro Comercial da Rua das Montras já foi considerado um espaço de referência e de prestígio no centro da cidade, permanecendo agora com 16 lojas abertas das 28 que possui. Com dois pisos, já por ali houve com sucesso uma loja de discos, um café e os antigos cinemas Delta, que encerraram portas em 2008, fruto da concorrência das novas salas de cinema inauguradas no La Vie de Caldas.

Perto de dez anos volvidos, as lojas que circundavam o antigo cinema, no segundo piso do Centro Comercial, estão vazias, bem como o café, que noutros tempos estava sempre cheio. Mesmo assim, entre “vende-se” e “aluga-se” das lojas vazias à espera de novos negócios, o segundo piso continua a ter vida, com uma loja “Aloe Vera” e uma costureira.

Aida Francisco, administradora do Centro Comercial da Rua das Montras há três anos, recorda os tempos áureos em que o “Centro tinha as lojas todas ocupadas e estava sempre cheio de movimento, especialmente nas épocas natalícias. Vinham pessoas de todo o lado”. Mas o aparecimento das grandes superfícies comerciais, a crise e, especialmente, o fecho das duas salas de cinema, acabaram por ditar o encerramento de muitos espaços no piso superior.

“Mesmo com rendas baixas sentimos muitas dificuldades em arrendar as lojas no andar superior, porque não existe grande movimento”, o que “é uma pena”. Sem falar que com as “lojas encerradas, sem receber, é complicado fazer melhorias no espaço”.

Segundo a responsável, a solução para uma possível reabertura destes espaços passa pela “necessidade das pessoas aumentarem o poder de compra, o que por sua vez irá gerar um aumento no consumo e um comércio mais dinâmico, favorecendo o arrendamento das lojas”. No entanto, salientou que “o centro comercial está situado numa zona bastante boa, o que permite que haja ainda alguns estabelecimentos que vão fazendo negócios”.

Ao contrário do que se podia imaginar, no piso térreo Centro Comercial da Rua das Montras, com entrada pelas ruas Almirante Cândido Reis e do Jardim, e pelo Beco do Forno, o cenário é bem diferente do piso superior.

Com música de rádio, o corredor do piso térreo tem quase todos estabelecimentos abertos, que sobrevivem e resistem ao cenário desolador de alguns pequenos centros comerciais. Como é o caso de Fernando Borges, proprietário de uma loja de artigos de decoração, prendas para os dias especiais, miniaturas e modelismo estático (construções de aviões e de barcos).

O lojista adquiriu a sua primeira loja no piso superior, quando o centro ainda estava em construção. “Naquela altura para a pessoa conseguir comprar uma loja era muito difícil, pois já estava tudo muito ocupado e os valores eram elevadíssimos”, recordou Fernando Borges, adiantando que mais tarde mudou-se para o rés do chão, onde se mantém até hoje.

Lembra os tempos em que o espaço era muito frequentado, mas reconhece que “há trinta anos a situação era muito melhor do que é agora, quanto a isso não há dúvida nenhuma. É com tristeza que tenho assistido ao encerramento de várias lojas, mas acho que a crise é geral tanto nos Centros Comerciais mais pequenos como nos maiores”.

Por outro lado, destacou que “o problema maior é a falta de estacionamento, apesar de haver bastantes parques de estacionamento na cidade, como é a pagar as pessoas não usam, optando por ir às grandes superfícies”.

Fernando Borges considera que “o encerramento das salas de cinema foi a principal causa que ditou o encerramento de muitos espaços” no primeiro piso, bem como “alguns dos proprietários já tinham muita idade, acabando por fechar as portas”. Isso torna “mais difícil incentivar os clientes ir lá acima”.

Quanto às lojas do piso térreo, no seu caso o segredo deve-se ao facto de ter a sua loja online, onde vende miniaturas para vários locais, às montras temáticas e aos clientes fiéis, bem como ser “um local de passagem, estar bem localizado e ter um hotel”, o que permite “aos negócios do rés do chão manterem-se”.

Fernando Borges queixou-se que “fazer coisas novas aqui não é fácil, pois cada loja tem um proprietário e cada um pensa só em si e não em grupo”. Aliás, recorda o tempo em que foi administrador do centro, “e em que tentei fazer várias iniciativas e quando chegava a altura da verdade toda a gente desistia”.

Contudo, o lojista explicou que de vez em quando “tentamos fazer qualquer coisa para atrair pessoas ao centro”, como alteração das fachadas das entradas do Centro, com um painel novo e a “ideia é continuar a tentar melhorá-lo, torná-lo mais bonito e atrativo”.

Outra lojista que está desde o início é Dina Galeão, proprietária da loja “O Degrau”. Abriu o espaço em 1986 como loja Cristal Atlantis, tendo mais tarde incorporado os artigos da Vista Alegre, seguindo-se os da Casa Alegre e as peças da Bordallo Pinheiro, pertencendo todas ao grupo Visabeira.

A empresária explica que “somos lojas parceiras que obedecem às regras da marca” e os “clientes que nos procuram são fixos, que acabam por passar a palavra a outros”.

Ao longo dos anos, Dina Galeão tem assistido às mudanças do centro comercial, com lojas a abrir e a fechar.

“O que se passa aqui, passa-se lá fora nas lojas de rua”, frisou a lojista, apontando “o poder de compra das pessoas”, como principal causa do encerramento.

Apesar de notar alguma recuperação, Dina Galeão indicou que “as lojas do primeiro andar antigamente eram rentáveis, mas hoje já não são. São espaços pequenos para os “franchisings” alugarem ou comprarem”.

Ao mesmo tempo que uns fecham portas, outros decidiram abrir o negócio em altura de crise. É o caso da loja de lingerie feminina e masculina, “Segredos de Cetim”, que abriu as portas em 2013.

Graça Romão decidiu “abrir numa altura muito má, era um risco, mas já aqui estou há quatro anos, e não estou arrependida”. Mesmo assim, sublinhou “que é uma pena o espaço não estar mais bem aproveitado, com um café ou um ginásio, no andar superior ”.

Para a lojista, “o Centro Comercial é muito central e ainda por cima é um local de passagem, em que as pessoas utilizam um bocadinho atalho para chegar à Rua das Montras”. No entanto, disse que “ter um negócio hoje em dia é uma luta constante e precisamos de clientes todos os dias, pois sem eles é difícil continuar com qualquer espaço aberto”.

“O Centro Comercial D. Carlos I quase que nem tem nome”

A poucos metros de distância está mais uma superfície comercial que também já conheceu melhores dias, o Centro Comercial D.Carlos I, gerido pela empresa Gesticon. Mesmo assim, não é dos piores da cidade.

Aberto desde 15 de maio de 1993, o shopping situado na Rua Dr. José Saudade e Silva possui 42 lojas e 29 estão alugadas e a funcionar. Treze estão fechadas à espera de novos ramos.

Quem passa pelo corredor do piso térreo percebe que em muitas lojas existem negócios novos. É o caso de Filipa Oliveira, gerente da “In Love”, que decidiu apostar no espaço “pela visibilidade, pela localização e sobretudo pela renda”.

“Como é uma loja virada para a rua, isso desperta a curiosidade das pessoas que acabam por subir”, sublinhou a lojista. No entanto, admitiu que “o facto de ter uma loja online ajuda muito mais o negócio”.

A comerciante afirmou que a divulgação que “os novos espaços” têm feito através das redes sociais tem “chamado um bocadinho mais as pessoas a virem ao Centro”. Contudo, lamentou a falta de iniciativas por parte dos lojistas que possam ajudar a divulgar o espaço e que atrair mais pessoas.

Outro exemplo é o espaço “Joana Bettencourt – Instituto de Beleza, Saúde e Bem-estar”. Dedicado à estética e cosmética, situado no segundo piso, está aberto há um ano.

A jovem manifestou que “o negócio tem corrido, mas sente-se que realmente as pessoas não passam pelo Centro”. Aliás, afirmou que a “probabilidade de vir um cliente novo porque passou no Centro Comercial é quase nula”.

Para Joana Bettencourt, “as lojas todas só se safam com divulgação que fazem nas redes sociais, caso contrário o Centro nada tem que cative mais pessoas”.

Não admira que, segundo a empresária, “o Centro Comercial D. Carlos I quase que nem tem nome, mas se os lojistas se juntassem era tudo diferente”. Por um lado, “a administração devia de apostar na divulgação do espaço”, e por outro, “os lojistas promover eventos e celebrar datas”, como o aniversário do centro.

Apesar de considerar que “o Centro tem muitas lojas interessantes”, falta qualquer coisa que revitalizasse o espaço, “se abrissem lojas diferentes, ou um restaurante magnífico, o espaço ganharia “uma nova vida”.

Caldas Shopping “nunca conseguiu impor-se”

Mas além destes casos, há outros centros comerciais em Caldas da Rainha que aparentavam ter tudo para ter sucesso, mas que não conseguiram resistir. Um deles é o moderno centro comercial “Caldas Shopping”, com entradas viradas para a Rua Raul Proença e Rua Miguel Bombarda, que nunca se conseguiu impor, com a maioria das lojas fechadas e em processo de insolvência.

Ao entrar naquele moderno Centro Comercial, equipado com escadas rolantes, elevadores e mobiliário de restauração, onde chegaram a funcionar alguns negócios, atualmente apenas é frequentado pelos estudantes que procuram o espaço para almoçar e conviver.

Com três pisos, o “Caldas Shopping” apresenta um ar decadente e de abandono. Mas é certo que quem se atreve a subir a escadaria sente medo, até porque todas as lojas estão abandonadas. “É uma pena estar tudo fechado e abandonado, com o lixo acumular-se por debaixo das lojas”, lamenta Liane Ferreira, gerente da loja “MGA.Shop”, acrescentando que “este Shopping está inserido numa zona central, com bastante potencial para as pessoas que não podem andar muito, sem falar da luminosidade e das boas condições que tem”.

As dificuldades que se vivem no país, os preços elevadíssimos das lojas e as grandes superfícies comerciais, onde há de tudo, estacionamento e horários mais alargados, na opinião da lojista, acabaram por contribuir para que o Centro “nunca conseguisse ter sucesso”.

Para Liane Ferreira, “é uma pena porque com mais lojas abertas, mais pessoas frequentavam o espaço mas assim não”, adiantando que a vantagem dos poucos espaços abertos é estarem virados para a rua Miguel Bombarda.

A empresária acredita que se os valores das rendas ou das lojas fossem mais baixas, uma vez que há cada vez mais áreas comerciais e a concorrência é forte, certamente haveria mais gente a percorrer os corredores, aos quais hoje falta movimento.

Centro Comercial Avenida já teve mais movimento

Seguimos a viagem por algumas das principais artérias da cidade e damos de caras com outro dos mais antigos centros comerciais da cidade, que também já teve melhores dias. Apesar de ter só 5 lojas fechadas das 26 que possui, o movimento já não o mesmo de outros tempos.

Segundo Ana Paula Leal, administradora do espaço há doze anos, “o centro e os lojistas ressentiram-se durante o período de crise, tendo passado por algumas dificuldades. Por isso, a administração juntamente com os lojistas optámos por realizar duas passagens de modelos e exposições para ajudar a dinamizar o espaço”.

Atualmente, a administração tem apostado na melhoria do espaço exterior e interior, “para torná-lo mais atrativo e bonito”. Ana Paula Leal mostrou-se igualmente recetiva a abrir as portas do Centro para realização de eventos e de exposições.

No Avenida, Ivone Gama, que vende lingerie feminina e masculina há dezoito anos, contou que ainda se vai “aguentando” porque tem “clientes fixos”, senão “já tinha fechado as portas”.

A responsável pela loja “Avónita”, situada no segundo piso, recorda os momentos áureos do centro e das passagens de modelos que traziam “mais movimento ao espaço”. Hoje em dia, “são poucos aqueles que passam e os jovens já não nos procuram, pois os grandes centros têm tudo à mão”.

Durante quase trinta anos, a lojista tem assistido “a muitas lojas a abrir e fechar, bem como o café instalado no primeiro piso, o que realmente é uma pena”. Alertou também que um negócio de restauração nos centros comerciais tem “uma grande influência”.

Mais uma vez um lojista apontou que a falta de estacionamento e o período de obras contribuíram para a falta de movimento no Avenida.

Nas Lojas do Parque o cenário é desolador

Outra das mais antigas galerias comerciais, onde também os negócios tiveram de encerrar por falta de clientes, é a “Lojas do Parque”. No centro, com dois pisos, já houve “cabeleireiros, loja de animais e consultórios”. Mantém-se aberta apenas uma costureira, uma loja de lãs, uma livraria e o Oculista do Parque.

Com entradas pela Rua de Camões e General Queirós, apenas a entrada pelo Oculista do Parque tem vida, o restante Centro parece abandonado e descuidado, com algumas lojas fechadas.

Segundo os lojistas, o espaço foi entregue há dias a uma empresa para fazer a gestão.

Galerias Sotto Mayor podiam ter mais clientes

As Galerias Sotto Mayor, geridas pelo Grupo Fábrica, têm algumas lojas fechadas, mas ainda assim há pessoas que por ali passam frequentemente. Umas para ir ao ginásio, outras para algumas lojas específicas ou então para atravessarem para outras ruas.

Florista há dezassete anos ali instalada, Sandra Campos recorda o tempo em que as lojas estavam todas abertas e os lojistas dinamizavam o espaço com eventos temáticos. “Depois deixou de ter interesse, portanto, começámos cada um a preocupar-se somente com a sua loja, o que não é positivo”, reconheceu, adiantando que “devíamos trabalhar como um todo, em função do espaço geral”. No entanto, confessou que são sempre os mesmos a decorarem o espaço na época natalícia.

A responsável pela florista “Aroma do Campo” desabafou que “tenho muita pena que o Centro não volte a trabalhar como em tempos, porque é de facto um espaço muito atrativo e seguro”. Sente que há mais movimento nos últimos tempos, mas mesmo assim “é graças aos clientes quase fidelizados que sobrevivemos”.

Apesar de ter nove lojas fechadas e outras a servirem de escritórios, Sandra Campos considera “ser um dos mais agradáveis, limpos e atrativos das Caldas”, e por isso, “continua a ser um espaço que eu gosto muito”. No entanto, confessou que “se eu pudesse mudar para uma loja de exterior e se esta loja não fosse minha, possivelmente eu estaria em outro lado”.

Centro Comercial 5 Bicas

Na mesma rua, em direção ao Chafariz das Cinco Bicas, o Centro Comercial 5 Bicas tem quase todas as lojas ocupadas. Um cabeleireiro, uma costureira, um café, uma loja de construção, artesanato e uma seguradora são algumas das lojas que resistem e procuram modernizar-se.

Apesar do pouco movimento, Gizelle Davies, administradora do Centro, disse que “as lojas vão estar todas ocupadas durante este mês, com negócios recentes e outros mais antigos”. A única que não se consegue alugar fica escondida ao fundo do corredor.

O 5 Bicas “vai-se mantendo porque tem ali o mercado ao pé, o café e os novos negócios”, admite a administradora, adiantando que “não há muito movimento, a não ser ao pé do café”. Também destaca a falta de estacionamento gratuito como uma das principais causas do fraco movimento no pequeno centro.

“As pessoas gostam mais de andar de carro e ter estacionamento, agora se não conseguem estacionamento e têm de pagar, não vão parar os carros para andar a pé. Vão logo para as grandes superfícies”, sublinhou.

Há ainda alguns estabelecimentos que vão fazendo negócio e outros que abrem, como é o caso da loja situada junto à porta de entrada do Centro, de Susana Metelo, com espaço aberto há um mês e meio.

Depois de frequentar todos os espaços comerciais da cidade, optou por alugar uma loja no Centro Comercial 5 Bicas, pela sua “centralidade, visibilidade e luminosidade”. Também explicou que a localização do centro “sai favorecida” por estar junto das atividades de negócios que gravitam na zona, como a Praça do Peixe e da Fruta.

Contudo, lamentou a falta de movimento dentro do centro, sublinhando que a “sorte é ser uma loja quase de rua, onde as pessoas passam e entram”, bem como, “a divulgação que faço nas redes sociais e a modificação das montras”.

Solaris com muitas lojas fechadas

Uma galeria comercial que também já teve melhores dias é o “Solaris”, com entradas pela Rua Diário de Noticias e a Rua da Nazaré. Quem por ali passa apercebe-se do vazio que existe. O corredor deserto, muitas lojas fechadas, com papéis colados no vidro a dizer “Vende-se” e quase sem ninguém, dão uma imagem “desoladora”.

Já por ali houve uma loja de telemóveis, agora, apenas um cabeleireiro e uma cafetaria resistem abertos. Um lojista que pediu anonimato declarou que o “negócio está mau em todo o lado” e que só vai tendo os clientes habituais.

Galeria Rainha tem as lojas todas ocupadas

Na rua Heróis da Grande Guerra deparamo-nos com mais um centro comercial, desta vez a Galeria Rainha. Naqueles corredores já houve “um café e alguns gabinetes de estética”. Mas, atualmente o corredor do centro apresenta um cenário diferente dos restantes da cidade, estando todo ele ocupado, na grande maioria pelo oculista Opticaldas e pela Ortopedia Caldas, que investiram na requalificação do espaço.

Com entradas pelas ruas Heróis Grande Guerra e Montepio Rainha D. Leonor, o Centro Comercial volta a fazer parte do quotidiano dos caldenses, que utilizam o espaço cada vez mais como local de passagem. Além das lojas, o edifício tem três pisos preenchidos com consultórios, gabinetes de estética e escritórios.

Túnel

Ainda no centro da cidade, mais um espaço comercial que também já conheceu melhores dias. Apesar da sua boa localização, o Túnel, situado ao pé da Igreja de Nossa Senhora da Conceição e gerido pelo Grupo Fábrica, não deixa de ser um local escuro, mas mesmo assim, há pessoas que por ali passam frequentemente

Ao entrar apercebemo-nos que apenas duas lojas, que estão inseridas dentro do túnel, estão vazias. O lixo amontoado debaixo das portas dos espaços vazios e as montras tapadas com papel a descolar-se fazem perceber que praticamente só as entradas apresentam sinais de vida.

Uma das lojistas do Túnel há quarenta anos, Maria de Lurdes Marques, declarou que o “negócio vai dando por causa das clientes habituais”. Recordou o tempo em que chegava a fazer “cem euros por dia”, com a venda de lãs, o que atualmente já não acontece.

A proprietária, em jeito de desabafo, afirmou que vai tentando resistir mais algum tempo, até conseguir vender a loja.

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