“O incentivo ao investimento deve ser o foco e preocupação fundamental da atividade municipal. É por esta razão que temos vindo a fazer propostas neste sentido, que a maioria do PSD na Câmara Municipal teima em rejeitar e seguir um caminho inverso ao que defendemos”, sustentou Rui Gonçalves, dando como exemplo “a implementação de um Plano Municipal de Incentivos à Captação de Empresas, a Requalificação da Zona Industrial, no que respeita à adaptação a Parque Empresarial e à sua requalificação urbanística, e a implementação do Plano Local de Promoção da Acessibilidade e da Matriz Energética do Concelho”.
“O “exercício autárquico” em apreciação, diz-nos exatamente o contrário do que defendemos. Naquilo que é designado como “Desenvolvimento Económico e Abastecimento Público”, por sua vez dividido em três áreas, “Turismo”, “Mercados e Feiras” e “Zonas Industriais / Empresariais”, está demonstrada a inércia municipal. No capítulo “Turismo”, os investimentos resumem-se a 42.400,00€ em “limpeza de praias” e 17.300,00€ em promoção turística. Onde não há investimento, não há futuro, mas a maioria do PSD que gere a Câmara não percebe o óbvio”, manifestou.
Mas as divergências não ficam por aqui. Também no que respeita ao “Planeamento”, o vereador aponta que a falta de revisão do Plano Diretor Municipal traz “prejuízo para muitos proprietários, em especial nas freguesias rurais, onde a capacidade construtiva é diminuta e impede interessados de habitarem nas suas terras”.
As críticas estendem-se à falta de investimento no “Plano de Pormenor do Centro Histórico”, apontando o autarca do CDS que é “um processo que se arrasta há vários anos, com enormes prejuízos para os proprietários dos edifícios do centro da cidade e consequentemente para o Município, inclusive em termos financeiros, ao descartar a possibilidade de aumentar as receitas de IMI”.
O “Plano de Mobilidade Sustentável” também não tem investimento, sublinha.
O vereador considera que a maioria social-democrata prossegue “uma política de festividades consecutivas, que não instalam empresas, não criam postos de trabalho, sem qualquer sustentabilidade, que consomem grande parte dos recursos financeiros do Município, sem que ao menos se saiba qual e se têm retorno”.
“Distribuir mais de um milhão de euros em subsídios ou outras formas encapotadas de incentivos, a associações diretamente dependentes do Município, ou para fins da direta responsabilidade municipal, sem que se conheça ao menos se tem algum retorno, significa continuar um modelo de gestão autárquica que tem tanto de ultrapassado, como de ruinoso”, acusa.
E conclui, apontando que a receita cobrada é de 23.110.000,00€, quando os compromissos assumidos são de 27.500.000,00€, o que “significa que não há receitas suficientes para os encargos assumidos e deixa clara a necessidade de recurso ao endividamento cada vez maior”.
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