A sessão começou com um encontro entre os dois candidatos na ponte sobre o caminho de ferro, juntamente com a comitiva. De seguida, dirigiram-se às instalações da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, onde o PS apresentou a candidatura de José Francisco.
Para colocar “um fim à inércia e fraca capacidade de resposta de Santo Onofre, Luís Patacho aposta em José Francisco, caracterizando-o como “um homem de valores, com uma vasta experiência autárquica ao nível da freguesia, sobretudo no que diz respeito às preocupações sociais. E esta freguesia precisa realmente de um presidente de Junta que tenha preocupações sociais”.
“Santo Onofre não pode continuar a ser o parente pobre de Nossa Senhora do Pópulo, nem pode continuar a ser dotada de uma subalternização por parte da Câmara Municipal”, apelou. Como tal, Luís Patacho afirmou que “José Francisco é o homem certo para o lugar certo”, adiantando que “fará elevar a União de Freguesias Santo Onofre e Serra do Bouro a um estatuto de plena igualdade com a União de Freguesias Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório”.
Relativamente ao outro candidato, Luís Patacho caraterizou-o como “um humanista e um lutador, com uma enorme preparação para o cargo que se candidata, pois tem uma visão muito atual daquilo que é uma autarquia”.
No âmbito das duas candidaturas, alertou para a desigualdade que existe entre as duas Uniões de Freguesias, relativamente às obras da regeneração, “em que mais sete milhões e meio de euros foram investidos numa única freguesia”, bem como as iluminações de natal e a animações natalícias, em que na “generalidade do investimento é todo feito na mesma freguesia”. Nesse sentido, apelou à concertação entre freguesias ao nível de eventos e projetos, bem como a realização de obras comuns com impacto nas duas freguesias.
Outra das prioridades do PS para as freguesias, segundo Luís Patacho, é “dar grande relevância à delegação de competências” bem como, fomentar uma “articulação entre juntas de freguesia e autarquias”, e descentralizar a oferta cultural.
José Francisco, profissional da indústria cerâmica, começou por referir que “são múltiplas as razões que me levam a disponibilizar-me para este desafio”, tais como a capacidade de tomar uma posição ativa para não só criticar o que não concorda, mas também para intervir ativamente para a melhoria do que pensa estar menos bem e tomar decisões para conseguir resultados “francamente melhores”. Outra das razões apontadas foi a “coerência política”, pois “não concordo com o rumo de evolução com que a União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro tem seguido nos últimos anos”.
O candidato também recordou a obra feita pelos antigos presidentes de Junta nas listas do PS, José Rosa e Herminio Maçãs, “que contra a vontade dos autarcas do PSD abriram caminhos para que esta freguesia ganhasse a autonomia para deixar de ser o parente pobre, mas infelizmente esse caminho não foi seguido pelos executivos do PSD”. Nesse sentido, José Francisco traçou uma “linha prioritária de opções” para a candidatura que passam pela aproximação da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, à União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório.
Também sugeriu uma ação constante junto das entidades públicas competentes para a existência de níveis aceitáveis da segurança, como por exemplo a desconcentração das esquadras e policiamento de proximidade, um “alerta constante para as questões sociais” e pressão junto da edilidade para um reforço nas ações de higienização e limpeza de todo o espaço publico.
“Construir um novo concelho é o objetivo desta equipa”
A comitiva dirigiu-se de seguida para as instalações da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, onde Rui Calisto manifestou que “nós vivemos há mais de trinta anos uma ditadura nas Caldas da Rainha, e por isso, chegou o momento de mudar”. “Construir um novo concelho é o objetivo desta equipa”, explicou, identificando algumas das prioridades da campanha. Deu como exemplo o Parque D. Carlos I e a Mata Rainha D.Leonor, em que na sua opinião, “o que tem sido feito para recuperar não chega. É preciso um trabalho conjunto para se recuperar o património histórico e arquitetónico desta terra, que não mostra a essência do concelho”.
Outro aspeto focado pelo escritor foi a “falta de incentivo à cultura”, exemplificando o caso dos museus que estão sob a responsabilidade da Câmara Municipal, “que não funcionam e encontram-se em pleno marasmo”, bem como “a falta de eventos culturais”. Também criticou a Rota Bordaliana, afirmando que “está mal feita, pois devíamos de expandir para outras freguesias”, a “falta de interesse” na obra do pintor José Malhoa e ainda a capacidade de resposta aos problemas sociais.
0 Comentários