A decisão foi tomada por maioria da Câmara (PSD e CDS), no passado dia 29, em reunião extraordinária, após solicitação do Patriarcado para aceitar o pedido de alteração do uso daquele espaço, onde chegou a funcionar a Escola Superior de Biotecnologia (pólo da Universidade Católica).
Os socialistas manifestam-se contra o desaparecimento do edifício ligado ao ensino, pela tradição que tem. “Com esta decisão por maioria, PSD e CDS dão assim uma machadada na possibilidade não só de se preservar o espaço, mas sobretudo de não poder voltar ao uso para que foi criado: “lecionar”. Transformar esta escola num convento, ainda que com a meritória função de também albergar doentes com deficiência profunda, não explica esta transformação abrupta. Muitos outros espaços poderiam ser encontrados para a concretização deste projeto”, sustentam os autarcas.
“A proposta de instalação das Irmãs Servidoras de Jesus do Cottolengo do Padre Alegre, em clausura, e um internamento de doentes com deficiência profunda vai inevitavelmente obrigar a transformações no interior do edifício, que acabarão por o transfigurar completamente. As exigências que a Segurança Social e o Ministério
da Saúde irão impor, vão obrigar forçosamente a essa transfiguração”, referem.
Segundo o blogue dos antigos alunos do Externato Ramalho Ortigão, que continuam a fazer encontros anuais (o próximo será no primeiro sábado de outubro), em 1959 o Patriarcado adquiriu o único estabelecimento de ensino particular que existia na cidade noutras instalações e que pertencia à Sociedade de Melhoramentos Caldenses. A intenção era construir um edifício próprio, como veio a suceder rapidamente, pois seria inaugurado em 1960 pelo então cardeal-patriarca. Viria a encerrar portas como estabelecimento de ensino em 1973, no seguimento da abertura de um liceu nas Caldas da Rainha.
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