A empresa revela que tem registado nos últimos anos “um enorme crescimento da procura” ao nível dos seus vários serviços, o que constitui “motivo de grande satisfação e motivação” para a CP e para os seus colaboradores. “Naturalmente que este crescimento da procura traz consigo também preocupações, alias já assumidas pela gestão da empresa, junto da tutela e publicamente, relativamente à manifesta necessidade de proceder à ampliação e renovação do seu parque de material circulante, para garantir a resposta necessária a este aumento de passageiros”, refere.
De acordo com a empresa, a CP tem desenvolvido um trabalho de identificação das soluções possíveis para a renovação da frota de material circulante, nomeadamente do parque de material diesel para as várias linhas com esse tipo de tração (entre as quais, a linha do Oeste), “para o momento em que exista a possibilidade de realizar esse investimento, no contexto económico do país”. “A renovação da frota de material diesel por material ajustado às condições atuais e futuras da infraestrutura, para além de aumentar a eficácia do investimento previsto no Plano Ferrovia 2020, permitirá devolver ao comboio condições de competitividade e constituindo um importante instrumento da política energética e ambiental”, sustenta.
No seu entender, “no contexto das atuais limitações, a CP tem obrigação de encontrar as melhores respostas possíveis às variadas solicitações de mobilidade ferroviária a nível nacional, com os meios que tem efetivamente ao seu dispor”. Foi neste enquadramento que a CP optou por concentrar o parque de unidades UTD 592 no serviço das linhas Minho e Douro. Na linha do Oeste, os comboios Inter-Regionais Caldas da Rainha/Coimbra-B passaram a ser realizados por automotoras UDD 450, conforme acontecia no início de 2015. Estão ainda afetas a esta linha três automotoras Allan 350.
“A frota diesel da CP apresenta uma idade média superior a 50 anos, o que, não colocando em causa a segurança de circulação, exige tempos acrescidos de imobilização e necessidades de manutenção mais frequentes”, aponta a empresa.
“A CP e a EMEF – Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário têm estado a acompanhar permanentemente a situação, no sentido de procurar encontrar soluções para aumentar o nível de disponibilidade do material ao serviço na linha do Oeste. No entanto, não tem sido possível evitar algumas situações de supressão de comboios. Nestas situações, sempre que possível, a CP procura oferecer aos passageiros uma alternativa de recurso para as suas deslocações que passa pela substituição por autocarros”, revela a empresa ferroviária.
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