Com interpretação de Eunice Correia e encenação de José Ramalho, relaciona o trabalho de ator com o teatro de objetos|marionetas, num espetáculo com o objetivo de circular no país e no estrangeiro.
Maria Parda, com o seu vestido largo e pesado vai deambulando no espaço cénico circular na procura das figuras que representam seis taberneiros a quem pede vinho para acalmar a sua secura. Esta mulher, beberrona, vagueia pelas ruas de Lisboa em busca de vinho e representa a fome do povo e a miséria que se instalou em Lisboa nos finais de 1521, após a morte de D. Manuel I.
Sentindo-se seca, pede fiado a seis taberneiros, cujas figuras são representadas por esculturas|marionetas que simbolizam a decadência dos valores humanos como a sovinice, o semitismo, a falta de generosidade e de solidariedade, que acabam por ditar a sentença de morte desta mulher, negando-lhe matar a sua sede.
Eunice Correia é filha de Cristina Pereira e de José Ramalho, marionetistas que integraram e dirigiram a companhia Marionetas de Lisboa. Iniciou a sua carreira na RTP, em dobragens de programas infantis. Fez a licenciatura em Estudos Artísticos – Artes do Espetáculo na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Estreou-se no cinema na média metragem “Perdida Mente” e em 2010 foi nomeada para o prémio “Jovem talento L’Oréal” no Estoril Film Festival.
No teatro tem integrado diversos espetáculos e faz parte do grupo de teatro e animação de rua Ten-Tart.
0 Comentários