Foi em ambiente de euforia que Luís Filipe Vieira foi recebido nas Caldas da Rainha. Primeiro no salão nobre dos Paços do Concelho, onde o presidente da Câmara teve ocasião de lhe oferecer o livro “As Caldas de Bordalo” de Isabel Castanheira, recebendo em troca um galhardete do Benfica.
Tinta Ferreira aproveitou para recordar que chegou a frequentar a Casa do Benfica, mas não escondeu a sua preferência pelo clube “do outro lado da 2ª circular [Sporting]”, uma revelação que não estragou o ambiente de festa.
O autarca disse desejar que o clube “continue a contribuir para o sucesso desportivo do nosso país”.
Seguiu-se a inauguração das novas instalações da casa nº2 do Benfica, situada na Colina do Sol, na mesma rua onde mora o presidente da Câmara, o que o levou a gracejar durante o jantar, no restaurante Lisboa, que os amigos sportinguistas o questionam porque é que deu autorização para tal.
Mais a sério, Tinta Ferreira deu conta que a Câmara comprou um terço do edifício, que cedeu à Casa do Benfica, viabilizando assim a instalação em boas condições.
Como Luís Filipe Vieira está castigado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol por palavras dirigidas a João Ferreira, membro do Conselho de Arbitragem, coube a Domingos Lima ser o porta-voz da indignação benfiquista perante o atual momento vivido no futebol nacional, avisando que o clube está atento e que não vai permitir nada que desestabilize a equipa nesta fase final do campeonato.
“Temos assistido diariamente a pressões de diversos tipos. Desde invasões a centros de treinos de árbitros, a ameaças nas redes sociais, declarações públicas para que não mostrem cartões amarelos a jogadores em vésperas de jogarem contra o Benfica. E, nestes últimos dias, ao cúmulo de um responsável insinuar e exigir a necessidade de que um nosso craque [Pizzi] seja impedido de jogar o clássico [com o Porto] que se aproxima”, afirmou.
“Estamos na reta final do campeonato e queremos deixar bem claro que estamos muito atentos. Exigimos que nada exterior à competição impeça a verdade desportiva”, manifestou Domingos Lima.
Lamentou também que “o nosso presidente continua a não poder falar por um desabafo privado, e, perante sucessivos insultos, insinuações, declarações públicas de toda a espécie, ver a justiça parada e as instituições paralisadas torna a ausência de castigos um fator de grande descrédito para esta indústria”.
O vice-presidente fez questão de enaltecer o trabalho desenvolvido pelas Casas do Benfica, indicando que “hoje são múltiplos os serviços que se oferecem”. “Espaços de convívio, de acesso à vasta gama de produtos e merchandising do nosso clube, atualmente 25% das pessoas que assistem aos jogos no Estádio da Luz compram os bilhetes através de uma Casa do Benfica”, revelou.
“E aqui, nas Caldas da Rainha, temos mais um bom exemplo da imagem, conceito e oferta que integram as novas Casas do Benfica”, vincou o vice-presidente.
Ao presidente da Casa do Benfica das Caldas da Rainha, Hugo Feliciano, foi oferecida uma camisola do clube com o seu nome.
Na comitiva do Benfica estavam a glória do clube, José Augusto, o antigo jogador sueco, Schwarz, contratado pelo Benfica entre 1990 e 1994, e atualmente comentador da Benfica TV, e Pedro Guerra, comentador do clube e diretor de conteúdos da Benfica TV.
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