Foi preparado um programa que inclui poesia, canto, música, dança e cinema. Para além da participação de seis poetas de Coruche, coordenados por Ana de Freitas, a delegação caldense é constituída por Isabel Gouveia, Bela Caetano, Joana Cavaco, José Nuno Valadas, Paula Cavaco e Vítor Duarte. Vão, ainda, ser lidos poemas de Jorge Castro e Helena Lopes.
A Universidade Sénior Rainha D. Leonor, das Caldas da Rainha, é representada pelo respetivo coro e pelos poetas António Vicente e Maria José Ricardo, sendo ainda apresentado um curto documentário de divulgação das ações culturais desenvolvidas pela Universidade.
Relativamente ao canto, música e dança, irão atuar Iulia Sirbu, Tojal Parreira e o seu clarinete, com música erudita e ligeira e, também, o Grupo de Dança Super Flash, dirigido pela coreógrafa Sónia Luís, que, vai recriar, de um modo muito original, temas dos musicais Mamma Mia e Música no Coração.
A homenagem ao realizador Fernando Lopes deve-se ao facto de ser um dos mais criativos cineastas portugueses do século passado. A Comunidade de Leitores e Cinéfilos conseguiu autorização do produtor Paulo Branco, o que não foi fácil, para estrear, na Região Oeste, a sua obra-prima O Delfim, em maio de 2004, com a presença do realizador, Maria João Seixas, diretora da Cinemateca Portuguesa, e de Fernando Mascarenhas, Marquês de Fronteira e Alorna.
Em outubro de 2005, a estreia nacional da média metragem Tomai Lá do O’Neill, integrado na homenagem ao poeta Alexandre O’Neill, com a presença do realizador, Eugénio Lisboa, Maria João Seixas e José Carlos Vasconcelos, diretor, há mais de 36 anos, do Jornal de Letras, Artes e Ideias. Tomai Lá do O’Neill apenas foi passado na RTP 2, tendo sido os caldenses privilegiados pois em mais nenhuma outra cidade portuguesa foram exibidos estes filmes, com exclusão de O Delfim, que foi estreado em Lisboa e Porto.
Fernando Lopes, realizador, argumentista, produtor, montador, diretor de montagem e ator, nasceu em 1935. Começou a trabalhar na RTP, frequentou a London School of Film Technique, tendo ainda, entre outros,sido diretor do 2.º Canal da RTP, nos finais dos anos 70. Os seus dois primeiros trabalhos foram as curtas-metragens As Pedras e o Tempo e As Palavras e os Fios, que surpreenderam os espectadores e a crítica. A sua consagração veio com a 1.ª longa metragem Belarmino, que marcou definitivamente o arranque do Novo Cinema Português. A sua obra é marcada pela excelente qualidade narrativa, pelos bons argumentos e diálogos, pela escolha cuidada das bandas sonoras dos seus filmes e pela colaboração dos melhores fotógrafos da época, nomeadamente, o diretor de fotografia de renome internacional, Eduardo Serra, único membro português da Academia de Hollywood, tendo sido já nomeado para um óscar, em 2004. Entre 1960 e 2004, Fernando Lopes realizou 26 curtas e médias-metragens e entre 1964 e 2009, 10 longas-metragens.
A homenagem a Fernando Lopes é materializada através da apresentação de um documentário com uma seleção de imagens de seis dos seus filmes realizados entre 1962 e 2004. Serão ouvidas músicas escritas para dois dos seus filmes, pelo grande nome do jazz português dos anos 60, Manuel Jorge Veloso e o seu Quarteto do Hot Clube de Portugal, as vozes e músicas de Sérgio Godinho, Rui Veloso e Paulo de Carvalho, e a voz de Amália Rodrigues.
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