“Afirmar que as contas destas associações (Adio, Culturcaldas, Museu do Ciclismo, Adjcr) se encontram “estabilizadas” constitui uma alegação insidiosa e que falta grosseiramente à verdade. Nenhuma destas entidades sobrevive sem ser às custas da câmara e todos quantos nelas trabalham que recebem vencimento são pagos com dinheiros da câmara na sua quase totalidade”, manifestaram Rui Correia e Jorge Sobral.
“Enquanto a câmara pertenceu às direções destas associações, elas nunca conseguiram sustentar-se a si mesmas. Quando a lei entrou em vigor, a câmara das Caldas procurou circundar a lei, saindo formalmente das respetivas direções, mas continuou, como sempre o fizera, a pagar substancialmente os custos do seu funcionamento. “Estabilidade” não é ter contas estatutariamente aprovadas. Perante a lei, que é o que aqui importa, “estabilidade” é, apenas, ter dinheiro suficiente para sobreviver, sem mais de metade do orçamento total a ser pago pelas câmaras”, sublinharam os socialistas.
“Como nenhuma destas associações consegue, ainda hoje, assegurar essa estabilidade financeira, só por deliberada fuga à verdade é que se aceitam estas declarações”, vincaram.
Segundo fazem notar, “o caso da Adio é especialmente excêntrico porque a Câmara chegou a ver ameaçada a propriedade do edifício da Expoeste pelos credores. Para resolver estas dívidas pagou 340 mil euros para comprar um edifício, um equipamento público, que era seu. Deu esse dinheiro à direção da Adio que com ele pôde, em princípio, pagar o que tinha a pagar. Mesmo a Culturcaldas que produz créditos próprios não consegue prover pelos seus equipamentos de modo autónomo. Nenhuma destas associações apresentou um plano que permita sequer prever, a um prazo aceitável, a sua desejada sustentabilidade e estabilização económica”.
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