A funcionar desde novembro 2015, com uma equipa de profissionais, o “Euconsigo” financiado por fundos comunitários, procura desenvolver e ao mesmo tempo melhorar as técnicas e instrumentos de procura de emprego dos formandos, bem como as competências pessoais e sociais, de modo a favorecer a reentrada ou entrada no mercado de trabalho e não só, encaminhando-os para outras formações.
Esta formação destina-se a “um grupo específico”, que tem como condição procura efetiva de trabalho ou que está a trabalhar no seu projeto de vida. Além disso são pessoas que recebem o Rendimento Social de Inserção e que são indicados pelo gabinete que os acompanha.
Nesta edição participaram doze pessoas de diversas idades, que segundo as formadoras Cristiana Mesquita, psicóloga clínica, e Zaida Varela, economista, “na grande maioria estão desempregadas há muito tempo, com um grau de desmotivação grande”.
De acordo com as responsáveis, “procuramos através da formação dar-lhes força, energia e ânimo para que possam ganhar mais impulso, para procurar emprego de forma mais motivada, interessada e ativa”.
“O Euconsigo é mais uma metodologia, em que na primeira parte são trabalhadas as questões da formação, autoestima, força de vontade, e na segunda parte, a imagem, ao nível da higiene e gestão doméstica”, explicaram as formadoras, destacando que o objetivo é “trabalhar o indivíduo na totalidade”. Além disso, permite desenvolver técnicas de integração e de autonomia, para que possa criar o próprio emprego ou aumentar o nível de habilitações.
A formação conta com colaboração voluntária de vários parceiros e entidades locais, com sessões de coaching, e ainda uma ação com uma entidade empregadora local, que partilha as competências e comportamentos mais valorizados no momento do recrutamento. Ou seja, a intenção “é perceber o lado das empresas e qual o perfil indicado, sendo que alguns acabam por ficar inscritos nas empresas”.
No final, os formandos preparam uma carta de candidatura espontânea e trabalham os cuidados com a imagem. “Desafiamos os profissionais nas áreas de cabeleireiro e estética a aconselhar ou melhorar a imagem dos formandos, bem como estimular não só a valorização da imagem pessoal, mas também a identidade e autoestima de cada um”, explicaram as formadoras, adiantando que “após a sessão de imagem, os formandos são convidados a irem entregar essa carta a um local onde realmente gostassem de trabalhar”.
Após as sete sessões que decorreram ao longo da semana, as responsáveis realizam um follow-up um mês depois, três meses e seis meses depois, para acompanhar o processo de integração dos formandos. “Estabelecemos o contacto telefónico com os formandos para saber o ponto de situação e ainda perceber o que correu bem ou mal na entrevista”, indicaram.
Caso não sejam aceites e recorram novamente ao Rendimento Social de Inserção, “voltam a frequentar a formação para perceber o que se passou e melhorar as competências sociais e pessoais”.
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