Em ofício enviado ao ministro da Saúde, Adalberto Campos, e ao secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, com conhecimento do Secretário de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, o presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carlos Bernardes, manifestou o seu total desagrado pelo encerramento da urgência de pediatria em Torres Vedras, entre as 21h00 e as 09h00, nas duas primeiras semanas do ano, devido à falta de médicos, como se podia ler num aviso afixado no serviço, que indicava, segundo a agência Lusa, que “em face da falta de recursos humanos médicos da especialidade de pediatria na unidade de Torres Vedras, a urgência da pediatria desta unidade encontra-se encerrada durante o período noturno”. A medida entrou em vigor no primeiro dia do ano e ia manter-se até 15 de janeiro, altura em que o centro hospitalar prometia fazer “uma reavaliação da situação”.
No aviso afixado à porta da urgência, o CHO esclarecia que o encerramento é “temporário” e que as crianças e jovens que necessitassem de recorrer ao serviço nesse período iam ser “avaliadas clinicamente nas instalações da urgência pediátrica por um médico de clínica geral”, que “poderá solicitar a observação por pediatras da unidade de Caldas da Rainha”.
O presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras exigiu uma solução e a reposição, em 48 horas, da normalidade do funcionamento daquele serviço.
Segundo a autarquia, o Ministro da Saúde garantiu, em conversa telefónica com o presidente da câmara municipal, que a urgência de pediatria se manterá aberta sem restrições de horário. O edil reuniu ainda com o diretor clínico do CHO no sentido de prevenir situações futuras semelhantes à que tinha sido noticiada.
Carlos Bernardes lamentou o facto de ter tido conhecimento desta situação pela comunicação social quando, no mês passado, e sobre esta matéria, foi a Câmara Municipal de Torres Vedras informada que o referido serviço não iria encerrar.
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