“Este ano a cidade ficou fantástica no Natal e o complemento de um presépio iria torná-la ainda mais especial e estou disponível para trabalhar nisso juntando cidadãos que tenham interesse em colaborar nesta arte e construir um grande presépio que seja motivo de visita à nossa cidade”, manifestou.
Segundo explicou, “Belenismo” (termo espanhol) ou construção de presépios, é algo diferente dos habituais presépios, pois “constrói-se com técnicas artesanais de forma a torná-lo muito semelhante à realidade da época em termos de arquitetura, técnicas de construção (tijolo, barro, estuque, areia, entre outros), paisagem, natureza, luz e proporções e regras de escala”. “Dá-se também muita importância aos pormenores em miniatura (mobiliário, alimentos e decoração) e aos bens e costumes vividos na época. É tudo muito figurativo e para torná-lo num trabalho ainda mais especial deve ser tudo feito à mão”, referiu.
“Tudo o que aprendi vem de fora visto que em Portugal não existe formação nem divulgação sobre esta forma de construção de presépios, embora haja portugueses a fazê-lo. Também para ajudar a enraizar e dinamizar esta técnica em Portugal, divulgando trabalhos, técnicas e promover encontros foi criado um grupo no Facebook: https://www.facebook.com/groups/belenismoportugal”, revelou.
Tudo no presépio é feito à mão, excepto as figuras humanas e os animais. Este é um trabalho feito à noite e aos fins de semana, que demorou cerca de dois meses, tendo Francisco Andrade contado com a ajuda da sua esposa e da sua filha, de cinco anos.
Os pãezinhos em miniatura que estão junto ao forno do pão são verdadeiros e dão um toque especial ao presépio. Para um poço foram feitos tijolos em miniatura para torná-lo ainda mais realista.
Francisco Gomes
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