Erro fatal. Quando dá o esperado passo para regressar ao estabelecimento, eis que a senhora da limpeza, sem meias medidas, bate-lhe a porta na cara. Indignado, (mostrando o talão com o número de atendimento) o pobre homem pede gentilmente que a senhora lhe abra a porta, porém, o que ouviu foram frases repletas de fel e arrogância. No meio do palavreado, depois de outro funcionário consultar a gerência, a tal senhora sai-se com esta: “O gerente não autoriza que se abra a porta depois da hora”.
É compreensível que exista essa norma. É compreensível que o gerente, imbuído dos superpoderes naturais do cargo, que o colocam acima do resto da humanidade, tenha essa atitude, só não é natural que uma empresa como essa continue com pessoas com total falta de preparo para lidar com o público, em seus quadros. Não se tratou de um abandono, por tempo indeterminado, do local, tratou-se, apenas, de um minuto, para uma singela despedida, ficando fora de portas para não atrapalhar a passagem de ninguém. Um gesto nobre que foi presenteado com estupidez e arrogância.
Por mera curiosidade estive a consultar o Sítio de Queixas dos CTT e encontro (fiquei pasmo) mais de cinco mil querelas, as mais variadas, porém, são as que se referem ao atendimento que estão em maior número.
Tenho amigos naquela agência, mas não os defendo em casos como este. Que me perdoem. Fiquei sim, triste, indignado. Não vi o tal “espírito de Natal” em ninguém, do cargo mais modesto ao mais alto.
Rui Calisto
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