Atualmente liga-se muito às decorações natalícias, onde o presépio tem uma importante representação. Mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os reis magos e os pais do menino. As músicas de Natal também fazem parte da festa.
Na noite e dia de Natal o tempo passa a correr, com o envio de mensagens de boas festas e telefonemas a familiares, passando pela confeção dos tradicionais doces, sem esquecer outros rituais que possam fazer parte das festas.
Mesmo com todo o enfoque no materialismo, no “Pai Natal” e nos presentes, o que vale mesmo é a união que a data proporciona aos familiares e amigos, que juntos tentam celebrar a data em paz e fraternidade. Não nos podemos deixar vencer pela indiferença, cada vez mais presente na sociedade.
O JORNAL DAS CALDAS falou com algumas pessoas sobre como passaram o Natal.
Elisabete Rebelo, 53 anos – Caldas da Rainha
“A consoada com o tradicional bacalhau e batatas cozidas foi passada na casa de uma familiar, onde juntámos dez pessoas à volta da mesa. Como trabalhamos todos na área do comércio, optámos por passar em casa dessa familiar, que confeciona toda a ementa para nós.
No dia de Natal juntámo-nos novamente para comer a tradicional “Roupa Velha”.
Para mim esta época natalícia devia ser todos os dias e não só uma vez por ano, pois as pessoas mais desfavorecidas não comem só no Natal. Além disso não devia ser só nesta data que as famílias se juntam para conviver e conversar à volta da mesa”.
João Ribeiro, 18 anos – A-dos-Francos, Caldas da Rainha
“Normalmente passo o Natal em minha casa, com uma mesa rodeada de familiares e com o tradicional bacalhau no centro. Além disso, todos os anos abrimos as prendas antes das doze badaladas.
Quando era pequeno o Natal tinha como significado receber um monte de prendas, mas à medida que fui crescendo o significado tornou-se diferente. Atualmente, o verdadeiro sentido do Natal para mim é mais um momento para estar com a família à mesa, rodeado de paz e harmonia, onde conversamos e rimos uns com os outros”.
Bárbara Pitau – 19 anos – São Mamede, Bombarral
“Passei o Natal com os meus pais. Cumprimos com a tradição e comemos bacalhau, bebemos vinho branco e estávamos todos muito animados. As crianças da família abriram as prendas e ficámos todos muito contentes à volta da mesa a conversar.
Adoro o Natal porque é uma época do ano muito bonita, porque estamos todos unidos e conversamos sobre muitas coisas. É nesta altura do ano que a família se junta. Espero que todos realizem os seus desejos porque todos temos o direito de ser felizes”.
Ana Amaral, 47 anos – Caldas da Rainha
“Dou muito valor ao Natal e cumprimos a tradição. Na noite de Natal vestimo-nos a rigor e vamos para casa da minha sogra em Lisboa. Comemos o bacalhau e à meia-noite fazemos a troca de prendas entre todos os membros da família. Depois cheguei a casa nas Caldas às quatro de madrugada e na manhã seguinte fui para Ourém para casa do meu pai. Foi uma alegria à mesa com 21 pessoas.
Aproveito também o dia de Natal para visitar outros familiares que vivem em São Martinho. Portanto, é uma correria para poder estar com todos.
Para mim o Natal significa em primeiro lugar a união com a família e amigos e depois vem a troca de lembranças.
O importante é partilhar o calor do amor com gestos de alegria”.
Inês Rebelo, 16 anos – Caldas da Rainha
“Passei o natal em casa da minha avó com a família mais próxima. Somos sete pessoas e comemos o tradicional bacalhau com batata e couve.
Para mim o Natal é a união com a família e passar um bom momento a conversar e a recordar histórias. Trocámos lembranças com a família”.
Freddy Demey, 66 anos, e Annietta Lamotte, 60 anos – Bélgica
“Viemos passar o Natal às Caldas da Rainha. Passámos a ceia e o dia de Natal no Sana Silver Coast Hotel, e foi muito bom e animado. Conhecemos pessoas novas e fizemos amizades. É a primeira vez que passamos esta época nas Caldas e gostámos muito. As luzes de Natal estão espetaculares. A única desvantagem é que quase todos os restaurantes estão fechados na noite festiva.
Para nós o Natal é estarmos juntos.
Andámos à procura de casa e vimos uma muito gira na Torre, em Salir de Matos.
Queremos viver nas Caldas porque é um lugar seguro, animado e central. Estamos a menos de uma hora de Lisboa e a duas do Porto”.
Mariana Martinho/Marlene Sousa
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