Na última reunião da Assembleia Municipal, questionado pelo deputado centrista João Diniz, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, confirmou que algumas árvores terão que ser retiradas para permitir a intervenção na estrada, aguardando a autarquia a autorização da Direção Geral do Património Cultural.
O assunto foi também abordado na última reunião da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Nª Srª do Pópulo, Coto e S. Gregório, onde foi descrita a necessidade de recuperação ou reconstrução, do muro que delimita a Mata Rainha D. Leonor a nascente, em virtude do seu estado de degradação, que é visível para qualquer transeunte.
Nessa ocasião foi também anunciada a necessidade de alargamento da rua que o contorna, estando em estudo a possibilidade de se efetuar, com o recuo do muro em alguns metros, para o interior da Mata, o que, segundo o CDS, obrigará ao abate de 76 árvores, algumas delas de “espécies classificadas”, assim como outro tipo de vegetação,
O CDS diz concordar que “carece de explicação e debate, a necessidade de alargamento do arruamento em causa”, indicando que “não se entende por que razão repentinamente se coloca esta questão, uma vez que nada mudou do ponto de vista urbanístico que o justifique”.
“Estamos a tratar de uma área sensível do ponto de vista ambiental, em cujo subsolo se localizam os aquíferos da água termal”, sustenta. Por outro lado, não concorda que as vias rodoviárias da cidade “sejam motivo de alterações de forma isolada e casuística, sem que exista um plano integrado de circulação automóvel”.
“Mas muito mais grave é a colocação da mera possibilidade que seja, de alguma vez esse hipotético alargamento ser feito à custa do abate de árvores, onde estão incluídas “espécies classificadas” da Mata Rainha D. Leonor, património ambiental de vital importância para a cidade”, sublinha.
Para o CDS é “um verdadeiro atentado ambiental”, fazendo notar que “não foi para isto que defendemos e apoiámos a cedência do património termal do Estado à Câmara Municipal, pelo contrário, foi porque entendíamos que o Município seria melhor defensor desse mesmo património”.
Francisco Gomes
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