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Negócio sobre rodas levou milhares de pessoas à Avenida 1º de maio para comer e beber

Mariana Martinho

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Entre os dias 8 e 11 de dezembro, cerca de 22 mil pessoas passaram pela Avenida 1º de maio, nas Caldas da Rainha, para apreciarem a comida servida nas 26 carrinhas vintage, vindas de todo o país, para II edição do Street Food Festival.
Cerca de 22 mil pessoas passaram pela Avenida 1º de maio

Segundo a organização, foi considerado, em 2015, um dos melhores festivais do país. Os restaurantes ambulantes, desde a tradicional roulote à Piaggio, proporcionaram uma experiência gastronómica pelos vários sabores do mundo, que dispensou talheres, mas que fez lamber os beiços e até os dedos dos visitantes. Apesar do frio que se fez sentir, este festival de Street Food rodeado de decorações de natalícias e com árvore de natal ao fundo, tornou ainda mais especial o ambiente vivido pelas pessoas durante os quatro dias. Esta iniciativa, que teve animação todos os dias, contou com a organização conjunta da Câmara Municipal das Caldas da Rainha e da Associação de Street Food Portugal.

Ao longo da avenida sentia-se no ar uma mistura de cheiros e sabores, onde houve um pouco de tudo para satisfazer as bocas mais fáceis e os paladares mais exigentes. Desde as tapas, os cachorros e as sandes aos produtos mais elaborados, como o tradicional hamburger, a comida mexicana, as arepas “venezuelanas”, os pastéis de nata e a bola de berlim, passando pela comida vegetariana, todos foram acompanhados pelas mais diversas bebidas, desde os sumos de frutas naturais, limonadas, ao bom copo de vinho e aos cafés. Toda esta diversidade de petiscos esteve presente nas 26 food trucks (Taste a Story, Filipa Rock, KurtosKalacs, El Burrito, Arepa da Rua, Rock N’Doll Caffe, Miss Vinagretta, Snakies, Veggie Lovers Truck, Coal, Pregos na Casquinha, Aqui e Ali, Merenda Portuguesa, Casa da Ginja, A Brasileira, Poffs, Via Creperia, HotDog Style, Chocolate & Co, Living Street Food, Mister Tapas, Castanhas Guerra, Marta´s Place, Bingre, Gramas com Sabor e Natfood), para além do “Pão com segredos”, considerada a melhor food truck do país pelos clientes, que todos os dias tinha filas de espera.

Foi pela mão de Maria João Botas, detentora da marca Miss Vinagretta e do projeto vencedor do concurso ROE – Empreendedorismo e Inovação em 2015, que a cidade tornou-se mais uma atrativa durante estes dias.

“A segunda edição do festival tem mais food trucks relacionadas com sabores do mundo como a Venezuela, América, Índia, México e entre outros”, explicou Maria João Botas, que mostrou-se rendida ao “sucesso de mais uma edição”. “Desde a primeira noite, as carrinhas estiveram sempre cheias de pessoas ao jantar”. Fez notar que o número de pessoas ultrapassou os cerca de 10 mil da primeira edição.

Durante os quatro dias, segundo a responsável, “os visitantes aderiram muito bem ao festival, dando os parabéns pelos petiscos e comidas servidas”. Também destacou que este ano o festival teve a oportunidade de ser visitado pelo comboio turístico, acompanhado de música ao vivo, provas de degustação e eventos de showcooking.

Entre tanta oferta aos visitantes, fomos conhecer quatro destes projetos e perceber como é que as coisas funcionam quando se chega finalmente à rua e se abre a capota para começar o festival.

Viagem gastronómica a vários sabores do mundo

Começamos pelos famosos torricados de bacalhau, petinga de queijo de cabra e presunto, servidos na bikefood equipada para os festivais de rua, “Aqui e Ali”.

Segundo Valdemar Balacho, o negócio começou há um ano e meio, com objetivo de criar alguma coisa à volta do pão. “Sou alentejano e gosto muito de pão, por isso apostei no torricado”, explicou o proprietário, adiantando que é um produto da região do Ribatejo, que consiste numa fatia de pão torrado que depois é passado por azeite e alho, acompanhado pelo bacalhau, presunto e queijo de cabra.

A participar pela primeira vez nas Caldas da Rainha, Valdemar Balacho sublinhou que o “festival correu muito bem, tenho o stock esgotado na segunda noite do evento, com os torricados de bacalhau e queijo de cabra”.

Para o responsável, o “street food é um negócio que está na moda, em que o conceito de comida de rua mudou, oferecendo produtos com mais qualidade”.

Passando pela “Snakies”, produto “que aquece a alma”, como as batatas fritas, waffles, rissóis, chamuças, nuggets e outros snacks, sempre acompanhados por uma bebida (granizados, sangria ou caipirinha).

Depois de muito estudo, segundo Luís Nunes, proprietário da “Snakies”, a aventura começou no início deste ano, tendo sido “uma aposta fora da zona de conforto e a forma de explorar novas situações”. Passando por dezassete festivais, o proprietário encontra-se “bastante satisfeito, valendo a pena correr o risco”.

“A intenção é acabar o ano com a presença em vinte festivais”, explicou Luís Nunes, que vem do Porto. Apesar de ser a primeira vez que participa nas Caldas, o festival “correu muito bem”.

Ao lado encontrámos as tradicionais “arepas venezuelanas”, trazidas por Álvaro Martins, que começou a atividade este ano.

De acordo com o proprietário da “Arepa da Rua”, que esgotou os tequeños logo no segundo dia do festival, “o negócio tem corrido muito bem, pois as pessoas provam e gostam”. Além disso, sublinhou que Portugal “ainda não tinha uma proposta de arepas na rua”.

As “arepas venezuelas” consistem num pão de milho frito, recheado com carne de vaca típica da Venezuela desfiada, frango e perna de porco, salada de frango com abacate, entre outros produtos. Também tinha cachapas e golfeados.

Sempre cheio de visitantes, Álvaro Martins mostrou-se satisfeito e cheio de vontade de regressar.

Mais à frente encontrámos os bolos de origem da Transylvania, que são grelhados e caramelizados por fora, acompanhados de várias coberturas, que podem ser doces ou salgados, da food truck “Kürtös Kalács”.

Vindos de Odivelas, Sandra Lopes e Amílcar Monteiro são os dois responsáveis pelo projeto que começou em abril deste ano. Ao JORNAL DAS CALDAS salientaram que “o projeto tem corrido muito bem, apesar de não ser fácil, pois o street food é um conceito muito diferente, que nem todas as pessoas estão dispostas a experimentar e a conhecer”.

A “Kürtös Kalács” participou pela primeira vez no festival das Caldas da Rainha e segundo a responsável “correu muito bem, tendo mais saída as sandes de salmão e as bifanas”.

Como fez notar, “a carroça dos curtos faz tudo no momento, o pão e os bolos, servindo sempre quentinhos e fresquinhos”. Desde as sandes (bifana, cachorro, presunto, salmão, kebab de frango) e os doces com sabores açúcar e canela, noz, cocô, amêndoa, pistáchio, pepitas coloridas e gelados, sempre com “receitas originais”.

Nos últimos meses, tem participado em diferentes eventos, sendo sempre um sucesso, o que é “muito gratificante”.

Além dos petiscos também encontrámos “mini panquecas holandesas” da foodtruck caldense “Poffs”.

Esta delícia “poffertjes” acompanha com “vários sabores que os portugueses gostam” e surgiu numa visita feita pela proprietária Carla Vinhais à Holanda, tendo decidido reinventar o produto, com base em produtos locais e orgânicos.

“As macias e pequenas panquecas com as cores e sabores mediterrâneos, possibilitando uma nova dimensão e posicionamento do mesmo”, explicou a proprietária, adiantando que “o produto tem tido uma boa recetividade por parte do público, que prova e depois não larga”.

Após nove meses de participação em diversos festivais, com a pequena food truck azul, Carla Vinhais assegurou que o investimento de 20 mil euros “valeu muito pena”.

Mariana Martinho

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