A situação deve-se a um fungo e ao clima atípico, pois um inverno pouco frio impediu o desenvolvimento normal das pereiras. O resultado vai ter reflexos no valor a pagar pelo consumidor. Ainda assim, espera-se que seja apenas uma ligeira subida de preços, uma vez que os consumidores não podem ser sobrecarregados com um grande agravamento.
“É provável que haja um aumento, mas julgo que não vai ser um valor significativo e que impeça as pessoas de continuarem a consumir pera rocha, porque é um fruto de excelência e toda a gente merece comer e este ano tem uma qualidade excelente”, afirmou Paulo Renato, diretor da Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha.
Mas só a qualidade não chega. A quantidade neste caso é precisa para responder às necessidades de mercado. Os produtores ficam a perder por haver menos pera.
“É um ano mau porque a produção é pequena. Vimos de dois anos consecutivos também com quebras”, revelou Aires Silva, técnico da Cooperativa de Fruticultores do Cadaval
“O desalento por parte do produtor é muito grande. Temo que comece a haver algum abandono de alguns pomares porque não se consegue resistir dois anos seguintes com quebras de produção grandes”, adiantou.
As centrais fruteiras estão a apoiar os produtores para que não desistam dos pomares.
Francisco Gomes
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