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Casal caldense dá a volta ao mundo

Joana Oliveira e Tiago Fidalgo

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O primeiro encanto de muitos não foi propriamente o nosso, mas demos as boas vindas ao Vietname na nossa volta ao mundo!
Fotografia tirada num mercado local em Nha Trang

Ainda de olhos em bico, mas de pele mais escura, falam rápido e sem que possamos entender o que querem dizer, a não ser quando abanam a mão como que a enroscar uma lâmpada – significando “não”. Face à comunicação, foi nos mercados que a início nos víamos mais aflitos: não se mostravam muito simpáticos quando hesitávamos em comprar ou demorávamos a fazer a conversão para a nossa moeda: estão habituados a que os turistas, de pele clara e olhos redondos, comprem tudo e sem hesitar, por acharem barato. Mas embora barato para quem vem da Europa ou até mesmo dos Estados Unidos, é mais caro para quem passou pela Ásia Central e acabou de sair da China. E embora andemos com grandes mochilas, ao contrário daquilo que todo e qualquer comerciante julga, não estão cheias com dinheiro.

Vendem de tudo pelas ruas, espalhado pelo chão nos seus cestos de verga ou empilhado nas suas bicicletas. Maioritariamente, frutas e legumes; entre mangas e bananas, cocos ou lichias, são os tons tropicais e os cheiros que nos atraem!

Não tão atraente é o trânsito, louco. São motas, carros, bicicletas, mais motas, triciclos, bicicletas com cestas de verga, carrinhos turísticos, galinhas e mais motas, tudo misturado e se preciso for em contramão. Vale tudo, ao som de buzinas frenéticas e o caos entre as pessoas que tentam deslocar-se a pé. As ruas são ora estreitas ora largas, mas sempre sem passeios e com muito lixo à mistura em cada berma. Palmilhá-las não tem grande essência, exige só resistência à poluição ambiental e sonora e ao stress vivido. Não vale a pena pensar muito, só atravessar, seguir, andar. Desviam-se todos de nós, por entre manobras tresloucadas e mais umas quantas buzinadelas.?Mas nos nossos corações soou mais forte a pobreza, o subdesenvolvimento e as condições inexistentes. Soou mais forte a quantidade de ratos por cada berma ou esgoto, a quantidade de resíduos alimentares em cada canto e o mau cheiro. Soou mais forte a falta de condições urbanas e logísticas. Soou mais forte a vida que por aqui se vive.

Mas esta vida tem história, uma história de guerra recente. E é também por isso que do norte para o sul sentimos uma grande diferença, por mais pequena que esta seja. Estradas mais desenvolvidas, pessoas a falar inglês. Outras frutas, outros petiscos. E muito mais turístico, muito mais arranjado. Muito mais bonito e paradisíaco. Mas quantos aos hábitos, esses mantém-se os mesmos, ainda assim temos tido direito a mais uns quantos sorrisos, a mais simpatia.

Pelo sul, usam-se mais os típicos chapéus em bico “Nao la”, veem-se ainda mais flores à venda e ainda mais estrangeiros pelas ruas. As praias ganham o seu encanto, repletas de coqueiros e chapéus de palhota, espalhadas pelo areal.

Espalhados também são os arrozais: esses há-los um pouco por todo o lado, de Sapa a Ho Chi Minh, sendo o arroz o acompanhamento mais comum. A cozinha típica é muito minuciosa e saborosa, mais para o picante e colorida. Aqui já encontramos pão, mas na base da baguete: papo-seco ou caseiro, nem vê-lo!?E embora não se tenha tornado num dos nossos países de eleição, tem a sua beleza e as suas seduções. Foi onde praticamente só apanhámos boleias de autocarros e onde começámos a trocar trabalho por noites em hotéis. E assim entrámos na famosa rota do Sudeste Asiático, seguindo-se pois em breve o Cambodja!

Joana Oliveira e Tiago Fidalgo

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